O diretor do Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa – DHPP – delegado Francisco Costa, o Barêtta, teceu detalhes da investigação que culminou com as prisões de três homens acusados de assassinar o jogador Helton Carlos. O último deles, Vagner Davio Carvalho de Almeida, preso no final da tarde dessa quarta-feira (14), já tem cinco passagens pela polícia por crimes de furto e roubo.
De acordo com o delegado Barêtta, o alvo dos suspeitos era um homem identificado como Bruno, mais conhecido como “Cambota”, que tinha relação com pessoas envolvidas com a morte da mãe de Vagner Davio, ainda no ano de 2008.
“Eles queriam matar outro indivíduo, o Bruno, conhecido como “Cambota”. O Bruno estava no local, atiraram em direção a ele, mas infelizmente quando houve a correria, um dos disparos atingiu o Helton, que teve morte imediata e, por coincidência, o Helton tinha as mesmas características antropológicas do Bruno, que era a pessoa que eles queriam. Por quê? Porque era uma vingança, o Vagner Davio teve a mãe morta em 2008, assassinada por umas pessoas ligadas a Bruno e ele cometeu a vingança, sempre vivia esperando o melhor momento para realizar o ato, juntamente com os outros dois para que fosse executado o crime naquele dia”, explicou o delegado.
- Foto: Brunno Suênio/GP1Delegado Barêtta
Vida pregressa
Vagner Davio Carvalho de Almeida tinha 9 anos de idade, quando sua mãe foi morta a facadas dentro de uma boca de fumo. De lá para cá, o delegado Barêtta pontuou que o acusado passou a se envolver com a criminalidade e tornou isso um meio de vida.
“Ele é um indivíduo que já é comum na pratica de crimes, inclusive, processado por roubo e furto e envolvido com tráfico, já usou tornozeleira, já quebrou, já foi recolhido à penitenciária, então é um indivíduo que faz do crime um meio de vida, é de alta periculosidade e deve ser mantido preso. Eu sei que é duro perder a mãe, mas não se pode usar de vingança porque não estamos mais na época da vingança privada, quem tem que punir é o estado”, frisou o delegado Barêtta.
- Foto: Brunno Suênio/GP1Delegado Francisco Costa, o Berêtta
Homicídio duplamente qualificado
O delegado Barêtta acrescentou que o inquérito presidido pelo delegado Genival Vilela já está sendo finalizado e que na próxima semana será remetido ao Ministério Público, com indiciamento por crime de homicídio duplamente qualificado por motivo torpe e sem chance de defesa. “Nós temos um homicídio duplamente qualificado por motivo fútil, sem chance de defesa. Aí perguntam, mas ele queria matar uma pessoa e matou outra? Ele vai responder como se tivesse matado o Bruno, na mesma modalidade. Agora é evidente que o outro que ficou na motocicleta acelerando, inclusive pra chamar atenção e dar fuga, o magistrado vai verificar a culpabilidade de cada um na dosimetria da pena. Todos estão indiciados como autores do crime de homicídio, porque eles participaram e foi mostrado no inquérito o desígnio da vontade deles, o dolo se caracteriza tanto pela vontade e pela consciência da vontade de matar o rapaz”, concluiu.
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