A Justiça decretou, nesta terça-feira (7), a prisão preventiva do guarda-civil municipal Henrique Marival de Sousa, acusado de matar a tiros Adilson Custódio Moreira, secretário-adjunto de Segurança Pública de Osasco, na Grande São Paulo. O crime ocorreu na segunda-feira (6), durante uma reunião da equipe de segurança na sede da Prefeitura.
Moreira, de 53 anos, foi atingido por dez disparos, a maioria na cabeça, segundo o Instituto Médico-Legal (IML). O guarda-civil também realizou disparos no peito da vítima e, após o ataque, trancou a porta da sala para impedir socorro. Negociadores da Polícia Militar levaram mais de duas horas para convencer Sousa a se render. Contudo, o equipamento de calorimetria da equipe já havia indicado que apenas o atirador estava vivo na sala.
Motivação
De acordo com o comandante da Guarda Civil de Osasco, Erivan Gomes, o crime foi motivado por uma mudança na escala de trabalho de Sousa. Ele deixaria suas funções administrativas na Prefeitura, onde trabalhava de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h, para atuar nas ruas em uma escala de 12 horas de trabalho por 36 de descanso.
Sousa demonstrou insatisfação com a alteração, alegando proximidade com o prefeito Gerson Pessoa (Podemos), a quem apoiou durante a campanha eleitoral. Durante a reunião, ao ser informado sobre a mudança, ele confrontou Moreira, que tentou encerrar a discussão e sair da sala. Nesse momento, Sousa disparou contra o secretário.
Histórico de desavenças
Pessoas próximas aos envolvidos relataram à polícia que Sousa e Moreira tinham desavenças anteriores, marcadas por ciúmes do secretário-adjunto devido à proximidade do guarda-civil com o prefeito. A situação teria escalado após o anúncio da mudança de função.
Prisão e velório
Sousa está preso no 5º Distrito Policial de Osasco. Sua audiência de custódia ocorreu online na manhã desta terça-feira. Enquanto isso, o corpo de Adilson Custódio Moreira foi velado na sede da Prefeitura, com sepultamento previsto para o fim da tarde no cemitério Bela Vista.
O caso está sendo investigado como homicídio qualificado e deve ter novos desdobramentos nos próximos dias, com depoimentos de testemunhas e análise de provas coletadas no local do crime.
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