O delegado Miguel Vicente de Lima, do 9° Distrito Policial de Teresina/PI, concluiu o inquérito que investigou a morte do radiologista Rudson Vieira Batista da Silva e representou pela prisão preventiva do acusado Max Kellysson Marques Marreiros considerando que o seu comportamento afetou a ordem pública “face a destacada repercussão negativa do delito”. O delegado destaca no relatório final do inquérito “a manifesta periculosidade do agente ao cometer o crime”.
“De fato, a apuração deste crime denota claramente que o autor, embriagado, agiu de forma temerária ao impor risco de vida as diversas pessoas próximas da cena do crime, uma vez que cometeu um disparo de arma de fogo em uma pessoa desarmada e ao mesmo tempo em um ambiente fechado e cheio de pessoas em conduta altamente periculosa, além de plenamente compatível com dolo eventual de homicídio, razão pela qual se justifica a sua segregação cautelar pela hediondez do crime”, diz trecho do relatório enviado a Justiça no dia 12 de dezembro.
- Foto: DivulgaçãoRudson Vieira Batista da Silva
Ministério Público opina pela prisão do PM
Parecer do promotor de Justiça Ubiraci de Sousa Rocha, juntado aos autos no dia 17 de dezembro, opina favoravelmente a decretação da prisão preventiva do policial militar “como garantia da ordem pública e da aplicação da lei penal”.
“No caso em tela, portanto, vislumbram-se estarem presentes os motivos autorizadores para a decretação da custódia cautelar do Representado como forma de garantir a ordem pública, conveniência da instrução criminal e a aplicação da lei penal, tendo em vista que o acusado apresenta um sério risco a comunidade e que o crime causou uma grande repercussão na sociedade”, diz o promotor.
Os autos estão conclusos para decisão ao juízo da 2ª Vara do Tribunal Popular do Júri da Comarca de Teresina/PI.
A morte
O radiologista Rudson Vieira Batista da Silva, de 32 anos, que foi baleado na noite do dia 01 de dezembro deste ano, durante um desentendimento com um policial militar identificado como Max Kellysson Marques Marreiro em um bar no Buenos Aires, zona norte de Teresina, morreu na tarde do dia 07 de dezembro no Hospital São Marcos. Rudson Oliveira estava internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital São Marcos, com a bala alojada na região das costas, e não resistiu às paradas cardíacas que sofreu desde a madrugada até o início da tarde de hoje.
O crime
O irmão de Rudson Vieira relatou que o policial militar identificado como Max Kellysson Marques Marreiros teria assediado uma mulher que estava acompanhada de seu primo e quando o radiologista tentou repreender o PM, foi atingido.
João Neto reforçou que não houve discussão entre os dois. “O policial estava assediando uma moça que estava com meu primo, o PM estava alterado e o meu irmão foi querer separar. O ‘cara’ sacou a arma e deu o tiro nele à queima-roupa”, acrescentou.
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