A Polícia Civil do Piauí, através da Delegacia de Repressão a Crimes de Informática (DRCI) com apoio da Gerência de Polícia Especializada (GPE), deu cumprimento nesta segunda-feira (25), a um mandado de prisão preventiva contra Evitha Kelly Silva Benício, acusada de uso de identidade falsa, estelionato e associação criminosa em Teresina.
Evitha é acusada de se passar por uma dentista para cometer vários golpes virtuais, utilizando plataformas de vendas online. Em entrevista ao GP1, o delegado Anchieta Nery, titular da Delegacia de Crimes Virtuais, explicou como a mulher agia. “Ela usava uma identidade falsa, fazia a negociação com a vítima, combinava a retirada do bem e enviava o comprovante de transferência falso, feito com edição de imagem no Photoshop ou no Paint. Então a partir daí, com o comprovante falso, a vítima acreditava que iria receber o dinheiro e entregava o bem”, contou.
- Foto: Divulgação/Polícia CivilEvitha Kelly Silva Benício
Ele ressaltou ainda que plataformas como OLX, Mercado livre e grupos de vendas no Facebook, eram onde mais aconteciam os crimes. “Além disso, os objetos que a suspeita negociava, eram de alto valor, como smartphone, televisões, ouro, dentre outros", afirmou o delegado Anchieta.
Segundo o delegado Mateus Zanatta, gerente da Polícia Especializada (GPE), Evitha usava a identidade de pessoas conhecidas na capital para aplicar o golpe. “Para criar uma conexão com as vítimas e elas darem credibilidade, a acusada não buscava a identidade de qualquer pessoa, mas sim de personalidades conhecidas em Teresina, que preferencialmente tivessem um perfil profissional na rede social Instagram, local onde ela pegava as fotos da pessoa, observava com que trabalhava e conseguia se passar por ela", disse.
- Foto: Alef Leão/GP1 Delegado Matheus Zanatta
Uma dentista e uma cerimonialista, que não tiveram as identidades reveladas, foram vítimas de Evitha. “Quando um cliente ia dialogar com a estelionatária, pensava estar falando com uma grande cerimonialista de casamento ou com uma dentista que trabalhava bastante e tinha muitos pacientes. Um homem por exemplo, relatou que caiu no golpe, por saber a procedência daquela dentista, porque sua esposa era paciente da profissional”, informou o delegado Zanatta.
O delegado da DRCI alerta para a importância de as vítimas procurarem a delegacia para registrar o boletim de ocorrência. “A pessoa que caiu no golpe tem que se deslocar até a DRCI, para registrar o boletim e conversar com o delegado Anchieta que está à frente dessas investigações, para fecharmos o inquérito da Evitha com fortes elementos informativos, e demonstrar ao poder judiciário que realmente ela é uma pessoa perigosa”, relatou.
As vítimas devem se dirigir até a Delegacia de Repressão a Crimes de Informática que fica alocada junto ao 6º Distrito Policial, no bairro Piçarra, zona sul da capital.
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