O Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa – DHPP – dirigido pelo delegado Francisco Costa, o Barêtta, já identificou o autor do homicídio praticado contra o pedreiro Onésio Lima de Oliveira, ocorrido em 25 de novembro de 2018, no bairro Cidade Jardim, zona leste de Teresina. Trata-se de um soldado lotado no 5º Batalhão da Polícia Militar do Piauí.
De acordo com o delegado Barêtta, o inquérito está sendo finalizado e a autoria já está devidamente comprovada. O próximo passo agora é oficiar o comando geral da PM e aguardar que a corregedoria o conduza até a sede do DHPP, onde será ouvido pela autoridade policial judiciária.
“O delegado Robert Lavor, com a equipe dele, colheu todos os indícios necessários na prova subjetiva, que é a prova testemunhal, aliado também à prova material, por que nós temos o reconhecimento da pessoa, nós temos nos autos vários depoimentos de testemunhas e o mais importante: nós estamos com o autor do fato delituoso devidamente identificado, inclusive, o delegado já peticionou ao Poder Judiciário no sentido de colher medidas cautelares para assegurar a prova deste crime. O autor material do crime é um soldado lotado no 5º Batalhão da Polícia Militar. O delegado está oficiando ao Comando Geral da Polícia Militar e a Corregedoria da Polícia Militar no sentido de que apresente esse policial, até por que eu acredito que ele já sabe que o DHPP já chegou nele, pois já temos o auto de reconhecimento e imagens de todo o ato em si”, pontuou.
- Foto: Marcelo Cardoso/GP1 Delegado Barêtta em entrevista ao GP1
Com a prisão, o delegado Barêtta assegurou que alguns pontos da investigação serão trazidos à tona, que demonstrarão a narrativa dos fatos para a execução do crime. “O fato delituoso houve, que foi a perda da vida de uma pessoa, o crime de homicídio. Agora, evidentemente, o que resta saber é se ação dele foi correta, se estava dentro do que diz uma legítima defesa ou até no estrito cumprimento do dever legal, ou se foi um crime de homicídio meramente intencional, um dolo eventual ou um dolo específico. Tudo isso nós já temos dentro do inquérito policial, que eu não posso adiantar para não atrapalhar a investigação, mas eu posso lhe dizer que o delegado Robert e a equipe dele colheu material suficiente para apontar a autoria material do crime em si”, ressaltou o diretor do DHPP.
Quando questionado sobre o receio dos familiares da vítima, que o crime pudesse cair no esquecimento por envolver um policial, o delegado Barêtta foi enfático: “Eu sou tido hoje no estado do Piauí como um carrasco da polícia, pode ser Polícia Civil, Polícia Militar, Polícia Federal, Guarda Municipal ou inspetor de quarteirão, a gente age do mesmo jeito, até por que se o policial estiver acobertado no estrito cumprimento do dever ou em legítima defesa, ele não precisa de advogado, o advogado dele sou eu, como delegado de polícia, que vou aplicar a lei. Agora, se ele fugir disso daí e cair para o outro lado para praticar crime com dolo, com má fé, ele não vai ter o meu amparo e nem a minha proteção. Nós estamos aqui para combater o crime e não para proteger criminosos”, finalizou.
- Foto: Marcelo Cardoso/GP1Delegado Barêtta
Entenda o caso
Onésio Lima de Oliveira, 47 anos, foi morto em um bar a tiros na madrugada do último dia 25 de novembro do ano passado. O caso foi atendido pelos policiais do DHPP que ao chegarem ao local encontraram a vítima morta, mas sem alguns pertences, levantando naquele momento a suspeita para a prática de latrocínio (roubo seguido de morte), pois os suspeitos chegaram ao bar com os rostos cobertos e durante o assalto houve um disparo que acertou o pedreiro Onésio Lima.
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