A Ordem dos Advogados do Brasil – Secção Piauí e o Ministério Público Estadual estão investigando se houve a facilitação por parte de educadores do Centro Educacional Masculino (CEM) para que os menores infratores pudessem realizar a rebelião ocorrida na última quarta-feira (29) em Teresina.
Em entrevista ao GP1, o presidente da Comissão de Direitos Penitenciários da OAB-PI, Marcos Martins, explicou que os próprios adolescentes informaram que um socioeducador deixou o cadeado aberto. “Essa possibilidade foi cogitada no dia da rebelião. Um dia depois, eu fui até o CEIP para ver como está a situação e alguns menores me confirmaram que um educador deixou o cadeado aberto. Inclusive, deram o nome desse educador. Eu chamei a promotora da Vara da Infância e Juventude para ela ouvir o que os menores tinham dito. Eles falaram na frente dela e confirmaram também o nome”, informou.
- Foto: Marcelo Cardoso/GP1Centro Educacional Masculino
O caso ainda está em processo de investigação. Porém, Marcos Martins revelou que pode ter sido um boicote a atual gestão do CEM que, para ele, é bastante ‘humanizada’ e por isso, gera conflitos entre alguns socioeducadores. “Essa gestão é muito humanizada, voltada mesmo para a questão da ressocialização. Então, alguns educadores não concordam com isso. [...] quando eu interceptei um menor, de que não havia maus tratos por parte da coordenadora, o menor disse que ela era ótima, mas que existiam um ou dois educadores que fazem algumas coisas com eles”, finalizou o presidente da comissão.
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