O Sindicato dos Policiais Civis do Estado do Piauí (Sinpolpi) vai realizar um ato em frente à Delegacia Geral, no Centro de Teresina, na próxima terça-feira (3). O motivo da manifestação é que o sindicato reclama de descontos nos contracheques dos trabalhadores que deflagraram greve entre abril e maio deste ano.
De acordo com o presidente do Sinpolpi, Constantino Júnior, efetuar os descontos foi um ato “irresponsável, covarde e imoral”. “Nós estamos chamando os policiais civis para terça-feira, na porta da Delegacia Geral, todos aqueles que tiveram descontos no seu contracheque, como também aqueles que não tiveram, para comparecer para que a gente se manifeste do ponto de visto político repudiando esse ato irresponsável, covarde e imoral da Secretaria de Segurança”, afirmou.
- Foto: Marcelo Cardoso/GP1Constantino Júnior, presidente do Sinpolpi
Em entrevista ao GP1 na quarta-feira (27), o secretário de Segurança Pública do Piauí, coronel Rubens Pereira, explicou que os descontos foram feitos de forma legal, seguindo uma recomendação do Ministério Público. Constantino, no entanto, justifica que os descontos só poderiam ter sido feitos por meio de decisão judicial.
“Primeiro quero dizer que recomendação do Ministério Público não tem poder de imposição, de sentença. Só quem pode descontar salário do servidor é o Judiciário através de uma decisão judicial e o caso, como já está judicializado, porque o governo instalou um novo processo de dissídio coletivo, seria o desembargador Alencar através da sentença judicial e não o Ministério Público. E nós lamentamos o Ministério Público fazer uma recomendação dessas porque quando os policiais civis estavam em greve o Ministério público se juntava aos trabalhadores para tentar resolver a situação”, afirmou Constantino.
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