Na manhã desta terça-feira (19) o Restaurante Maritimos, localizado na praça do Marquês, na zona norte de Teresina, fechou as portas após uma ordem de despejo do Tribunal de Justiça do Piauí. O dono do estabelecimento, Milton de Sá Cavalcante Filho, possui um débito de R$ 300 mil de aluguel junto a uma imobiliária local.
De acordo com o oficial de justiça, que deu cumprimento a ordem de despejo, Alexandre José de Sá, os proprietários do estabelecimento não estavam presentes no início da ação, mas chegaram à tarde. A Polícia Militar auxiliou o cumprimento da ordem.
A advogada da imobiliária, Maria Isabel Romani, informou ao GP1 que o acordo feito em audiência não foi cumprido pelo proprietário do estabelecimento. “Na verdade, nesse meio tempo eles tentaram fazer um acordo, fizeram em audiência, mas não cumpriram nem com as três parcelas do acordo e, por isso, a gente seguiu a ação. Esse tempo que eles fizeram o acordo, eles postergaram o processo, por isso que a ação é de 2015 e o despejo só está acontecendo hoje”, afirmou.
Além do débito com a imobiliária, o que chamou atenção no momento do despejo foram as condições físicas do local, já que o fornecimento de água e energia elétrica tinham sido suspensos. Apesar disso, o restaurante estava funcionando normalmente.
“Foi uma surpresa para todo mundo porque muito embora o contrato falasse que a gente poderia fazer a vistoria a qualquer hora, a gente não conseguia fazer porque eles não deixavam. A gente sabia, inclusive, que a água estava cortada na Águas de Teresina, mas o restaurante continuava funcionando”, afirmou a advogada.
Questionada de onde vinha a água utilizada pelo restaurante, a advogada não soube responder. “Nenhum órgão fiscalizador conseguia entrar, eles não permitiam. A gente já sabia que tinha débitos em vários locais, mas primeiro a gente precisava da desocupação do imóvel”, continuou Maria Isabel.
“A energia também está cortada no nome do proprietário, que é o Milton, mas de onde vinha a energia que eles estavam utilizando isso a gente não sabe”, concluiu a representante legal da imobiliária.
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