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Teresina - Piauí

Moradores do Árvores Verdes denunciam irregularidades em associação

De acordo com um morador que preferiu não se identificar,a associação de moradores do povoado Árvores Verdes,está obrigando moradores a pagarem dinheiro para receber casas por meio do program

Marcelo Cardoso/GP1 1 / 11 Casa do Seu João Casa do Seu João
Marcelo Cardoso/GP1 2 / 11 Seu João, morador do Povoado Árvores Verdes Seu João, morador do Povoado Árvores Verdes
Marcelo Cardoso/GP1 3 / 11 Casas de taipa no Povoado  Casas de taipa no Povoado
Marcelo Cardoso/GP1 4 / 11 Povoado Árvores Verdes Povoado Árvores Verdes
Marcelo Cardoso/GP1 5 / 11 Povoado Árvores Verdes, zona rural de Teresina Povoado Árvores Verdes, zona rural de Teresina
Marcelo Cardoso/GP1 6 / 11 Muitas casas nesse terreno Muitas casas nesse terreno
Marcelo Cardoso/GP1 7 / 11 Casas estão sendo construídas Casas estão sendo construídas
Marcelo Cardoso/GP1 8 / 11 Quarto dos moradores do povoado Quarto dos moradores do povoado
Marcelo Cardoso/GP1 9 / 11 Casas do Povoado Casas do Povoado
Marcelo Cardoso/GP1 10 / 11 Terreno do Povoado na zona rural Terreno do Povoado na zona rural
Marcelo Cardoso/GP1 11 / 11 Casas do Povoado Árvores Verdes, zona rural de Teresina Casas do Povoado Árvores Verdes, zona rural de Teresina

Moradores do povoado Árvores Verdes, zona rural de Teresina, denunciaram ao GP1, um esquema de negociações de casas populares do Programa Nacional de Habitação Rural (PNHR), criado no âmbito do Minha Casa Minha Vida.

De acordo com um morador que preferiu não se identificar, a presidente da associação de moradores do povoado Árvores Verdes Márcia Reis, juntamente com sua mãe Antônia Reis, estavam obrigando moradores da região a pagarem dinheiro à associação para receberem a casa por meio do programa de governo, ele alega ainda, que mesmo depois de pagarem, muitos não estão recebendo.


“A Antônia Reis, conhecida como ‘Dona Toinha’, está tomando a frente da associação daqui da Árvores Verdes, se passando como presidente, sendo que a presidente mesmo é a filha dela Márcia, porque lá é tipo um curral eleitoral, é só passando de um pra outro da família. Diante disso, nós e outras pessoas, perdemos a segunda etapa de casas que era para vir aqui pra região, e não veio. Denunciaram ela, ela prometeu que vem agora 50 casas para cá, mas a gente tinha que botar a mensalidade da associação em dia, para poder receber, mas até agora nada. E a gente sabe que as casas vem, não é pra quem é sócio da associação não, as casas vem para quem precisa, pra quem tem casa de taipa, pra ir pra alvenaria, e aqui só o que tem é casa de taipa ainda. Aqui tem deficiente, crianças especiais, quem tem direito e não recebem”, informou.

O morador ainda alegou que Antônia Reis já quis se apossar de terrenos que tem na localidade para repassar para outras pessoas e dessa forma, essas pessoas que não são do povoado, iriam receber as casas. “Ela já tentou enrolar a gente aqui, e se apossar dos terrenos que nós lutamos, para dar para uns sócios dela ai da associação, sócios da rua não tem nada a ver com os moradores aqui da Árvores Verdes. Mas como é que a pessoa que não tem um pedaço de chão aqui, como vai ganhar casa? Sendo que tem pessoas que moram aqui nas casinhas de taipa a anos e não recebem, uma moça ali da outra rua, pagou as mensalidades da associação esperou e nunca recebeu casa, a dela de taipa fez foi cair, ela teve que ir morar de aluguel sem poder, pra não ficar na rua”, relatou.

Os moradores reivindicam que as casas da segunda etapa do programa previstas agora para o mês de maio, venham por intermédio de uma outra associação criada pelos próprios moradores nativos do povoado. “A gente nem faz mais questão que as casas venham por lá, devido a tanta irregularidade. Criamos a um tempo outra associação de moradores, temos como líder o Marquinhos e queremos que as casas venham por lá, porque temos a garantia que quem é nativo daqui mesmo e precisa, irá receber. Já solicitamos a Agência de Desenvolvimento Habitacional (ADH), e a dona Gilvana Gayoso sabe da nossa situação aqui, estamos aguardando e cobrando uma solução”, solicitou o morador.

Outro Lado

Márcia e Antônia Reis não foram localizadas pelo GP1.

O que diz a ADH

O diretor de habitação da ADH, Nonato Castro, falou ao GP1 na tarde desta sexta-feira (27), e explicou como funciona o Programa Nacional de Habitação Rural (PNHR).

"Esse programa é só para a zona rural. Para ADH a previsão que viria era de 2003 casas, só que agora só foram liberados 477, como o prazo foi muito curto dificilmente irá dar para contratar empresas para as 400 casas de uma vez, então não temos ainda a quantidade certa e nem quantas pessoas serão beneficiadas, ainda vamos fazer esse levantamento. Funciona assim, essas casas são organizadas pelas associações, elas fazem o levantamento preliminar das pessoas que serão beneficiadas e nos indicam, aí enviamos um assistente social para selecionar quem realmente se encaixa no perfil para receber, porque são muitas pessoas", informou.

Com relação a denúncia da associação estar cobrando mensalidade das pessoas, para que elas possam ser beneficiadas com as casas, o diretor diz que desconhece.

“Na verdade, da nossa gestão que iniciou em 2015, presidida pela Gilvana Gayoso, ainda não foi entregue nenhuma casa para aquela região, as primeiras que vão, são essas que estão previstas, mas a ADH não está sabendo de nada acerca dessa situação de cobrança. Já houve inclusive uma reunião entre nós e as duas associações lá do povoado, incluindo a da Márcia e Antônia para tratar das casas que vão para lá. Mas nós não temos o controle das associações, só posso dizer que não é para ninguém pagar nada, essas casas são gratuitas para quem tem direito, somente após a casa pronta e entregue a Caixa Econômica Federal cobra 4% do valor total da casa ao novo dono, a ser pago via boleto emitido por eles. A ADH e as associações não recebem dinheiro dos beneficiários para isso”, esclareceu Nonato Castro.

O diretor de habitação ainda solicitou que os moradores que tem reclamações e denúncias a fazer acerca desse fato, o procurem na Agência de Desenvolvimento Habitacional que funciona de segunda a sexta a partir das 7h30, para que as denúncias possam ser formalizadas e a ADH tomar as devidas providências.

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