Membros do Sindicato dos Urbanitários do Estado do Piauí (SINTEPI) entregaram, na manhã desta terça-feira (06), uma carta aos governadores do Nordeste que participaram de um encontro, em Teresina, para discutir a Segurança Pública. A carta foi recebida por Wellington Dias que repassará a mesma aos demais gestores.
Segundo um representante da Sintepi, Antônio Pereira, a carta contém irregularidades no processo de distribuidoras de energia, incluindo a Eletrobras Distribuição Piauí, e o pedido de anulação do referido processo de privatização de distribuidoras de energia. “A gente pede que os governadores verifiquem o processo, que está todo viciado, peçam a sua nulidade e que se reabra todo um debate público”, afirmou.
“Entregamos essa carta aos governadores para chamar atenção deles de que essas empresas foram estratégicas com projetos de melhoria de qualidade e expansão da rede, também a qualidade do serviço da Cepisa, que hoje atende todos os requisitos da ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica)”, explicou.
- Foto: Lucas Dias/GP1
Membros do Sintepi
Antônio relatou que o processo está cheio de vícios: “O processo tá todo viciado desde o momento em que foram contratadas as empresas pra fazer a avaliação técnica, por exemplo, a Cepisa e outras as empresas são de valores de bilhões, portanto, não podia ser feito um pregão eletrônico, que é o menor preço, porque não se vê a capacidade técnica do consórcio para fazer o levantamento do valor da empresa, a partir daí começam as irregularidades”, afirmou.
“Que conclusão chegaram os dois consórcios que ganharam a licitação? O valor de um pro outro chega a 5 vezes de diferença, ninguém se entende, o BNDES e a Eletrobras estão apressados então passam por cima da lei, das normas, passam por cima até do edital porque eles têm pressa de entregar essas empresas, mas não pode ser dessa forma”, criticou o sindicalista.
- Foto: Lucas Dias/GP1
Antônio Pereira
Ainda de acordo com Antônio, o Ministério Público Federal emitiu parecer favorável à categoria em um processo: “Demos entrada numa ação na Justiça Federal e agora já tivemos parecer do MPF se colocando contra a assembleia geral dos acionistas que houve em Brasília que dizem que a holding vai assumir essas dividas, e defendendo a nulidade, estamos só aguardando a decisão”, contou.
Ele denunciou ainda irregularidades na realização de audiências públicas: “Essas audiências que o BNDES está realizando agora, aconteceu uma aqui dia 28, no auditório dos Lojistas, ali foi uma farsa, só queriam tirar a ata, porque lá não tinha ninguém da sociedade, não tinha Ministério Público, não tinha deputado, vereador, só tinha os representantes do Governo Federal e os empregados da empresa, e a lei diz que tem que haver debate público, democracia”, argumentou.
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