A partir dessa sexta-feira (07), a Polícia Militar do Piauí passará a registrar Boletins de Ocorrências e Termos Circunstanciados de Ocorrência (TCOs), antes feitos apenas pela Polícia Civil. Os polícias piauienses foram treinados por oficiais da PM de Rondônia e estão colocando em prática na manhã de hoje, na região do Grande Dirceu.
A realização dos boletins pela Polícia Militar foi autorizada por meio de um decreto governamental feito pelo governador Wellington Dias. Os PMs estão passando por um treinamento, onde estão aprendendo a confeccionar o boletim. O curso será encerrado no fim dessa sexta-feira, após a ação prática na região do Grande Dirceu.
“Desde o domingo estamos com dois oficiais de Rondônia, capitão Marcelo e capitão Tossati, que estão passando as instruções, principalmente para lavratura dos Termos Circunstanciais de Ocorrência. Essa parte teórica encerrou ontem e hoje estamos realizando a parte prática nas ruas do Grande Dirceu. Inclusive estamos operando, já temos seis boletins realizados que culminou no Termo Circunstancial de Ocorrência”, afirmou o coronel Sousa Filho, comandante do Comando de Policiamento Especializado.
Em Rondônia, os policiais já realizam os Boletins de Ocorrências e TCOs, no qual cada viatura anda com um tablet, uma impressora e uma fonte portátil. Os dados da ocorrência são preenchidos e impressos. No entanto, no Piauí os equipamentos ainda não chegaram e os TCOs serão preenchidos manualmente em formulários.
“O comandante geral recebeu a determinação do governado do Estado já para dar início ao processo licitatório para a aquisição do sistema e consequentemente da tecnologia embarcada, que são os tablets. A gente acredita que no prazo de três meses a gente já esteja com essa tecnologia embarcada”, afirmou o coronel Sousa Filho.
Após o treinamento, os oficiais repassarão os conhecimentos aprendidos no curso para a Polícia Militar de 48 municípios do Piauí, na região do grande Comando dos Cerrados. Para o coronel Sousa Filho, a confecção dos boletins irá ajudar os cidadãos de municípios do interior que não possuem delegacia.
“Imagina você em Santa Filomena do Piauí, no qual não existe a figura de um delegado ou ele está de férias, imagina uma viatura ter que se deslocar ou um cidadão ter que se deslocar para registrar um Boletim de Ocorrência para perda de documentos lá em Gilbués, que fica há 184km”, afirmou.
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