O Seminário Piauiense de Aquicultura foi um sucesso. O evento que aconteceu até a última sexta-feira (22), em Teresina, reuniu mais de 400 pessoas, entre produtores, empreendedores e pessoas interessadas em investir em atividades como piscicultura e carcinicultura.
“Esse foi um dos maiores eventos de aquicultura já realizado no Piauí. O seminário, que foi pensado com um viés estadual, reuniu também participantes de outros Estados do Nordeste, a exemplo de Bahia, Ceará, Maranhão e Rio Grande do Norte, e de São Paulo e do Paraná, ganhando uma conotação regional. Foram dois dias intensos de troca de informações e de obtenção de conhecimento. Esse aprendizado, com certeza, será muito útil para que a aquicultura do Piauí alcance um novo patamar. É o Sebrae dando sua contribuição para o avanço da piscicultura do Estado”, comenta o presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae no Piauí, Evandro Cosme.
Ainda segundo Cosme, o Piauí possui mais de 50 médios e grandes açudes que podem ser aproveitados na aquicultura, incrementando a produção e gerando mais emprego e renda. “Precisamos aliar a vontade de fazer aos recursos disponíveis. Temos água em abundância e precisamos aproveitar esse potencial. O Governo do Estado é a locomotiva nesse processo e o Sebrae continuará fomentando essa cadeia produtiva. O Piauí já ocupa o 4º lugar entre os Estados que mais produzem peixes no Nordeste. Queremos chegar ao primeiro lugar”, acrescenta.
Durante os dois dias de seminário foram discutidos temas relevantes para o avanço da aquicultura, como: gestão, inovações e tecnologias, diversificação da produção, nutrição e alimentação de peixes, mercado para os produtos aquícolas, linhas de crédito para a piscicultura, qualidade da água na produção de peixes, boas práticas de manejo sanitário, nutrição e manejo de camarão, entre outros assuntos.
- Foto: Misael MartinsSeminário Piauiense de Aquicultura
Para o governador do Estado, Wellington Dias, o Seminário Piauiense de Aquicultura é o mais importante encontro do setor realizado no Estado. “Foi um evento de conhecimento para a qualificação profissional, o que é muito importante para que possamos ampliar a produção. Precisamos também garantir as condições de industrialização para que o nosso pescado possa abastecer não só o Estado, mas o Brasil e, quem sabe, o mundo”, comenta.
Dias destaca ainda as perspectivas de crescimento da piscicultura no Piauí. “Essa missão de promover a piscicultura é de todos, poder público e iniciativa privada. Há condições reais de geração de emprego e renda nesse setor. Temos seis mil quilômetros de rios perenes ou perenizados, além de grandes reservatórios, como é o caso da Barragem de Boa Esperança. Em 2015, produzimos 20 mil toneladas de pescado. Em 2016, esse número aumentou. Esperamos chegar em 2020 produzindo até 50 mil toneladas de peixe no Estado”, completa.
O SEBRAE E A PISCICULTURA
Nos últimos quatro anos, o Sebrae intensificou sua atuação junto aos pequenos negócios da cadeia produtiva da piscicultura, com foco em quatro aspectos principais: aprimorar a qualidade do produto brasileiro, elevar os níveis de produtividade das propriedades, difundir práticas ambientalmente sustentáveis e fortalecer a gestão dos empreendimentos.
No âmbito da gestão dos negócios, o esforço da instituição é no sentido de promover a transferência de tecnologia que permita, em um cenário de crise hídrica, produzir mais com menos água e com sustentabilidade.
No que se refere a práticas sustentáveis, o Sebrae atua na orientação do licenciamento ambiental, já que, para a maioria dos aquicultores, a regularização é um grande gargalo. A instituição tem firmado também parcerias com entidades estratégicas, como a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, Embrapa – Pesca e Aquicultura, buscando disseminar soluções em âmbito nacional.
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