Presidente de associação denuncia descaso do Incra com comunidade

A presidente da Associação dos Pequenos Produtores e Produtoras Rurais da Comunidade Santarém, Eliane Messias, localizada na zona rural de Nossa Senhora dos Remédios, esteve na sede do Portal GP1 para denunciar o descaso do Incra com os moradores.

Eliane contou que o local é um assentamento que foi desapropriado pelo Governo Federal, através do Incra. “Temos 110 famílias e no projeto inicial a gente ganhou um apoio do Incra que liberou R$ 2,900,00 pra gente comprar animais e material pra fazer os nossos lotes. Recebemos também o crédito habitacional no valor de R$ 15 mil para construir as casas”.

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• Foto: Marcelo Cardoso/GP1 Eliane Messias

Em 2010, foi escolhida a empresa para a construção das 110 casas e, a princípio, segundo Eliane, seriam 6 meses de construção para entregar todas as casas. "Mas em 2012 pararam as obras e de 110 casas apenas 89 foram iniciadas, mas nenhuma foi terminada como era pra ser, tem casa faltando banheiro, reboco. Nós recebemos um valor para a construção das casas e como demorou a construção, o Governo Federal recolheu quase R$ 500 mil e depois disso não foi mais pra frente a construção das casas”, criticou a presidente da associação.

Ainda segundo Eliane, o Incra já foi procurado várias vezes e a resposta é que o dinheiro recolhido vai retornar, mas não dizem quando, “isso já passaram cinco anos e até agora nada”. “Quem teve a sua casa começada foi pra debaixo dela do jeito que estava, as outras famílias estão em casa de taipa. Tenho vários ofícios que eu encaminhei ao Incra. Há cinco anos que nenhuma equipe técnica do Incra vai até o assentamento”, disse Eliane.

A previsão é de que o dinheiro retorne em novembro: “Mas não é garantido e eles alegam que não vão até o assentamento porque não tem recursos, estamos praticamente abandonados”, afirmou.

• Foto: Marcelo Cardoso/GP1 1º Ofício enviado ao Incra por Eliane como presidente da associação

Outro lado

Procurado na tarde da última terça-feira (15), Damásio Ibiapina, do setor de Desenvolvimento do Incra, afirmo que enviaria uma nota sobre o caso, o que não aconteceu até a publicação desta reportagem.