O Ministério Público do Estado do Piauí instaurou inquérito civil público para investigar denúncia contra o Hospital Regional Justino Luz de Picos. A portaria nº 114/2017 foi assinada pela promotora de Justiça Micheline Ramalho Serejo Silva, no dia 31 de maio deste ano.
Para abrir o inquérito, a promotora considerou termo de declaração prestado por Edvarton Alves do Nascimento denunciando o descaso sofrido por sua esposa no referido hospital.
Edvarton relatou que a sua esposa Mônica estava grávida de 34 semanas e após se sentir mal buscou ajuda médica por diversas vezes no hospital regional de Picos, sem ter o seu caso solucionado.
Ainda segundo o denunciante, no último dia 17 de maio, Mônica teve a situação agravada com dores intensificadas e muito sangramento, retornando ao hospital ainda pela manhã. No entanto, o médico identificado por ele como Gilberto fez um toque e a encaminhou para Teresina, sob a alegação de que o referido hospital não contava com estrutura para a realização do parto.
“A caminho da Capital, a senhora Mônica acompanhada pela sua mãe e uma técnica de enfermagem, sofreu um rompimento da bolsa e em seguida a ruptura uterina, o que teve como consequência a morte imediata dos eu nascitura, que se afogou no líquido amniótico”, diz trecho da portaria.
Para a promotora, há a necessidade de investigar a responsabilidade pelos crimes de omissão de socorro, homicídio culposo, prevaricação entre outros, quanto ao motivo que levou a morte do nascituro.
Outro lado
Procurada pelo GP1, na tarde desta segunda-feira (05), a assessoria de comunicação do Hospital Regional Justino Luz enviou nota em que afirma que todas as transferências são feitas conforme os ditames legais que asseguram o máximo de proteção ao paciente.
Confira abaixo a nota na íntegra
O Hospital Regional Justino Luz informa que todas as transferências são feitas conforme os ditames legais que asseguram o máximo de proteção ao paciente. Transferências estas, sempre acompanhados por um profissional capacitado para atender a qualquer eventualidade. Entretanto, esta unidade hospitalar vai averiguar o caso para saber se houve irregularidade e, assim proceder com as medidas necessárias em relação aos responsáveis.Tendo em vista que casos assim não são assíduos.
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