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Lagoinha do Piauí - Piauí

Homens pagavam R$ 5 para abusar de adolescente em Lagoinha

Quatro pessoas envolvidas foram presas, dentre elas um policial militar aposentado. Porém, um indivíduo encontra-se foragido.

Na última quarta-feira (14), a Polícia Civil de Água Branca deflagrou a “Operação Vulneráveis I”, e deu cumprimento a quatro mandados de prisão preventiva na cidade de Lagoinha, contra acusados de estuprar uma adolescente de 12 anos. Em entrevista ao GP1 nesta sexta-feira, o delegado Ricardo Moura, da Delegacia de Água Branca, deu detalhes do caso. De acordo com ele, a menina que era explorada sexualmente recebia dos suspeitos de dois a cinco reais. Quatro pessoas envolvidas foram presas, dentre elas um policial militar aposentado. Porém, um indivíduo encontra-se foragido.

Conforme o delegado Ricardo Moura, o militar foi identificado como Silvestre. Além do policial, foram presos Djalma e um casal, Francisco e Francinete. Um homem conhecido como “Junior Cd” está foragido.


O delegado informou que a vítima era abusada desde os 10 anos de idade. “Quando recebemos a denúncia por parte do Conselho do Tutelar, nós prontamente pegamos a declaração da vítima e das conselheiras. Antes da gente chamar os suspeitos, o casal [Francisco e a Francinete], ficou sabendo da denúncia e informou para eles que a criança havia falado que foi abusado por todos esses indivíduos. Com isso, eles começaram a ameaçar ela de morte. Com essas ameaças configurou um dos requisitos da prisão preventiva”, disse.

“Como a cidade é pequena, todos se conhecem, eles [Francisco e Francinete] sabiam que ela fazia programa. Como a conversa se espalha, eles se aproveitaram disso, e sabendo daquela informação, quando a vítima passava chamavam ela, inclusive o PM, para casa deles e lá eles ofereciam dinheiro e tinha em troca favores sexuais”, informou.

De acordo com Ricardo Moura, uma das hipóteses que a polícia está trabalhando é que os pais sabiam da exploração sexual e eram beneficiados com o dinheiro que a adolescente recebia nos programas. “Vamos entrar em contato com os pais, para saber se eles estavam sabendo ou não. Como é que todo mundo da cidade sabia que ela fazia programa e os pais não sabiam? Caso seja confirmada uma certa omissão por parte dos pais, eles podem até perder a guarda”, finalizou.

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