Os servidores públicos municipais de Picos decidiram em assembleia realizada no final da tarde desta terça-feira, 30, que vão paralisar as atividades por 24 horas na próxima segunda-feira, 5 de junho. O motivo para a parada é o não atendimento por parte do prefeito, Padre José Walmir de Lima (PT), a várias reivindicações da categoria.
A assembleia foi realizada no plenário da Câmara Municipal de Picos e reuniu um expressivo número de servidores. Na oportunidade, os trabalhadores das várias categorias decidiram paralisar as atividades por 24 horas na próxima segunda-feira.
- Foto: José Maria Barros/GP1Assembleia aprova paralisação de 24 horas
Ficou decidido que os trabalhadores vão se concentrar a partir das 7h30 na praça Félix Pacheco, de onde partirão em caminhada pelas ruas da cidade até a sede da secretaria municipal de Educação e, em seguida se dirigirão até a secretaria de Saúde. O protesto será concluído em frente ao Palácio Coelho Rodrigues.
Com apoio de carro de som e portando faixas e cartazes, os servidores percorrerão as principais ruas da cidade para cobrar da administração municipal o atendimento das reivindicações da categoria. A manifestação contará com a presença de pessoas lotadas na administração e nas secretarias de Saúde e Educação.
Motivação
Segundo a presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Picos (Sindserm), Edna Moura, a paralisação será unificada e atingirá todos os trabalhadores. “Estamos parando em razão da falta de cumprimento por parte da gestão, de vários direitos conquistados pelos trabalhadores” – justificou a sindicalista.
Edna Moura informou ainda que o protesto também é motivado pela postura do prefeito, Padre Walmir (PT), que enviou para Câmara Municipal de Picos projeto de lei concedendo reajuste salarial de 6,58% para os servidores da Administração. A proposta já havia sido rejeitada pelos trabalhadores, mesmo assim foi votada e aprovada pelos vereadores em duas sessões na última quinta-feira.
Os servidores também vão protestar contra a previsão de retirada de 5%, aproximadamente dois milhões de reais, do Fundo de Previdência Própria do Município (PicosPrev), para investimento no setor imobiliário. Vão se manifestar ainda contra os constantes atrasos no pagamento do salário dos trabalhadores lotados na secretaria de Saúde, cobrar eleição direta para diretores de escolas, conforme prevê o Plano Nacional de Educação, dentre outras demandas ignoradas pela gestão.
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