Funcionários da empresa de call center Almaviva do Brasil paralisaram as atividades na manhã desta segunda-feira (06), em protesto contra a empresa. De acordo com o Sindicato dos Telefônicos do Piauí, a paralisação visa denunciar uma série de irregularidades e abusos cometidos pela Almaviva. O SINTE estima que 500 pessoas participam das manifestações realizadas nas unidades do bairro Dirceu na zona Sudeste e do São Pedro, localizada na zona Sul de Teresina.
- Foto: Lucas Dias/GP1Manifestação dos funcionários da Almaviva na unidade do bairro São Pedro
Em entrevista ao GP1, a vice-presidente do SINTEL, Maria de Fátima, afirmou que a empresa não reajustou o valor do salário que era de R$ 880,00 para R$ 937,00 e alguns acordos de participação nos lucros não foram cumpridos.
“Essa manifestação é espontânea, o sindicato só está na coordenação, os trabalhadores decidiram parar. Nós temos ações na procuradoria de assédio moral porque em callcenter o adoecimento é gritante. Mas isso acontece em todo o país”, afirmou Maria de Fátima.
- Foto: Lucas Dias/GP1Maria de Fátima, vice-presidente do SINTEL
O delegado sindical e funcionário da Almaviva do Brasil, Marco Antônio, denuncia os abusos cometidos pela empresa como controle da pausa fisiológica, o não reajuste do salário mínimo e ameaças quando um funcionário não bate metas.
“São feitas punições indevidas, ameaças. O funcionário adoece, ou seja, o índice de adoecimento aqui na empresa é maior, muito grande, justamente pela pressão, quando o operador não bate as metas, os supervisores ficam ameaçando de dar punição, de dar suspenção", afirmou.
- Foto: Lucas Dias/GP1Marco Antônio, delegado sindical e operador de call center
A Almaviva do Brasil é uma empresa de Telemarketing e Informática, que se instalou em Teresina em abril de 2014 e presta serviços para grandes operadoras de telefonia.
Procurada pela reportagem do GP1, a assessoria de imprensa da empresa informou que vai contactar a diretoria e checar todas as denúncias que foram feitas.
- Foto: Lucas Dias/GP1Manifestação dos funcionários da Almaviva
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