A Delegacia de Homicídios está investigando o desaparecimento da estudante Camilla Abreu. A jovem foi vista pela última vez, na última quinta-feira (26), na companhia do namorado, o capitão da Polícia Militar Allisson Wattson da Silva Nascimento. Apesar da família apontar o militar como principal suspeito, o delegado Francisco Costa, o Barêtta, negou que tenha pedido a prisão preventiva do PM, como chegou ser noticiado em alguns portais da imprensa local.
O delegado Barêtta informou que a polícia está investigando o caso como um desaparecimento: “A partir de hoje começamos as oitivas de pessoas, nós estamos diante de um registro de ocorrência do desaparecimento de uma pessoa feito por um parente. A investigação vai dizer se esse desaparecimento é um fato criminoso ou não, e, sendo criminoso de quem é a responsabilidade pelo crime”.
- Foto: Marcelo Cardoso/GP1Delegado Barêtta
Barêtta ainda negou que tenha pedido pra ouvir o namorado da estudante: “Eu não pedi pra ouvir ninguém ainda, a equipe está fazendo diligências no sentido de esclarecer os fatos, ouvindo pessoas, foi chegado até nós que o telefone da moça foi encontrado em uma lixeira próximo ao Frango Dourado, às margens da BR. Se for preciso ouvir o namorado dela, certamente ele será ouvido, nós já temos uma dinâmica de tudo que aconteceu”, contou.
O coordenador da Delegacia de Homicídios garantiu ainda que o caso será solucionado em breve: “O certo é que eu posso garantir que nas próximas horas, nos próximos dias, nós vamos desvendar todo esse caso”.
“Agora eu não posso dizer se eu pedi prisão ou deixei de pedir, porque até agora não atribuímos nada a ninguém, estamos investigando, e a boa investigação manda que a gente tenha cautela”, esclareceu o delegado ao negar que tenha pedido a prisão do namorado de Camila.
- Foto: Facebook/Camilla Abreu e Allisson Wattson Camilla Abreu e Allisson Wattson
Ainda de acordo com Barêtta, a investigação será muito bem feita: “A justiça solta às vezes porque a polícia faz um inquérito mal feito, aqui comigo não, inquérito conduzido por mim ou por minha supervisão o juiz pode até soltar, mas por uma possibilidade jurídica, não por um erro que eu cometi ou uma diligência que eu deixei de fazer. Eu cumpro rigorosamente a metodologia que manda o Código de Processo Penal e uma boa doutrina de uma investigação criminal”, finalizou.
Pai faz apelo
- Foto: Lucas Dias/GP1Jean Carlos, pai da jovem Camilla Abreu
O pai de Camilla, Jean Carlos Rodrigues, fez um apelo para o policial militar Allisson Wattson: “Queria que ele dissesse onde minha filha tá, o que ele fez com ela, só ele pode dizer. Ele era pra ser o primeiro a comunicar pra polícia, era o primeiro pra tá em campo atrás da namorada. Mas o homem sumiu. Não aparece", desabafou.
Boatos
Nas últimas horas, várias informações inverídicas sobre o desaparecimento da estudante têm sido difundidas em alguns portais de notícias da capital. Essas “falsas notícias”, além de atrapalhar as investigações da polícia, ainda causam pânico nos familiares que estão aflitos à espera de informações.
Nesta segunda-feira, já foi divulgado que o corpo da jovem havia sido encontrado, que o delegado Barêtta já tinha ouvido o policial e até mesmo que já tinha pedido a prisão dele, fatos que foram negados pela polícia.
Ver todos os comentários | 0 |