O governador Wellington Dias declarou ao GP1 nesta segunda-feira (05) que avalia como grave para o país a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Marco Aurélio Mello, que atendeu o pedido do partido Rede Sustentabilidade e concedeu medida liminar determinando o afastamento do senador Renan Calheiros (PMDB) da presidência do Senado.
Segundo o governador, decisões como a tomada pelo STF podem contribuir com a instabilidade que o país vive. “Eu avalio como muito grave [o afastamento do presidente do Senado]. Eu acho que qualquer brasileiro é favorável ao combate a corrupção e a qualquer forma de crime. Agora é preciso fazer isso obedecendo a lei, principalmente a constituição. Nós temos um regramento que não pode ser descumprido, sob pena de ampliar a instabilidade e a insegurança”, disse.
- Foto: Marcelo Cardoso/GP1 Governador Wellington Dias
“O que nós estamos tendo é uma verdadeira disputa de poder. Esses poderes que eram para trabalhar de forma harmônica e que entraram em uma disputa. Quem perde com isso é o povo. A economia vai piorando, o desemprego vai aumentando. Na situação que nós estamos, só vejo ganhar os especuladores, gente que ganha quando o dólar sobe, ou cai e as ações sobem”, declarou Wellington Dias.
Questionado se o afastamento de Renan Calheiros da presidência do Senado seria positivo para o PT, visto que quem assume é o vice-presidente da casa Jorge Viana (PT-AC), Wellington disse que “se fosse benéfico para o meu partido eu seria contra o que está acontecendo. Isso é ruim para todo mundo”, finalizou.
Entenda
O pedido do partido Rede Sustentabilidade foi feito depois que o Supremo aceitou denúncia contra Renan em ação penal por peculato, na semana passada. O Rede alega que a decisão em caráter de urgência deveria ser deferida, pois o recesso no Senado tem início no dia 19 deste mês e o peemedebista deixaria a presidência da Casa em fevereiro, quando serão retomados os trabalhos.
Réu no STF
O Supremo Tribunal Federal decidiu na última quinta-feira (01), por 8 votos a 3, aceitar a denúncia contra Renan Calheiros (PMDB), pelo crime de peculato. Na mesma sessão foram rejeitadas as denúncias de falsidade ideológica e uso de documento falso. O caso tramita a nove anos no STF.
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