Uma das pessoas indiciadas na morte do cabo do BOPE, Claudemir Sousa, é o instrutor de auto escola, Vagner Falcão. A Polícia Civil explicou nesta sexta-feira (16), o motivo dele ter sido indiciado no relatório final, como também a relação direta dele com o mandante do crime, o fiscal da Infraero, Leonardo Ferreira Lima.
- Foto: Lucas Dias/GP1Vagner Falcão
Segundo o presidente do inquérito, o delegado do Grupo de Repressão ao Crime Organizado (Greco), Gustavo Jung, antes de ser indiciado, Vagner Falcão prestou depoimento, pois ele conhece e já havia saído algumas vezes com Leonardo Ferreira. Nessas saídas, o instrutor de alto escola já havia visto o mandante do crime com uma arma de fogo, que seria uma das armas utilizados no crime.
“O Vagner Falcão mentiu e omitiu informações, quando foi até a sede do Greco para prestar esclarecimentos. Essas mentiras foram constatadas posteriormente, motivo pelo qual ele também foi indiciado por falso testemunho. Inclusive, ele era um conhecido muito próximo de Leonardo, bebia com ele e já viu a arma dele diversas vezes, sabia que a arma que estava sendo veiculada na imprensa era de Leonardo, inclusive, sabia de muitas outras irregularidades que o colega praticava”, afirmou Gustavo Jung.
- Foto: Marcelo Cardoso/GP1 Gustavo Jung
Vagner Falcão não está preso. Até o momento, ele foi uma das últimas pessoas que surgiu publicamente no caso, assim como a diretora administrativa do Areolino Abreu, Maria Ocionira Barbosa de Sousa, que foi presa ontem (16).
“Nós fizemos algumas diligências, onde foi detectado que ele sabia de parte da trama criminosa, de quem era a arma, que Leonardo tinha um relacionamento com essa Maria Ocionira e que esse policial que viria de Brasília também tinha um caso com ela. Enfim, que havia esse triângulo [amoroso]”, finalizou Gustavo Jung.
Relembre o caso
- Foto: Facebook/Claudemir Sousa Cabo Claudemir
Claudemir Sousa foi executado com vários tiros na noite desta terça-feira (6), no bairro Saci. Os bandidos não levaram nada dele, fato que levou a Polícia a acreditar, inicialmente, em uma possível execução. O corpo da vítima foi velado na Paróquia Militar de São Sebastião e enterrado no cemitério Jardim da Ressurreição.
Horas após o assassinato, cinco pessoas foram presas acusadas de terem arquitetado e executado o crime, dentre essas, um funcionário da Infraero, que as primeiras investigações indicam que foi o mandate do assassinato, e também um taxista, que foi o responsável por agenciar quatro homens para matar o policial militar. Logo mais, um mulher identificada com Taís também foi presa e uma sétima pessoa, identificada como Flávio, totalizando sete, antes da conclusão do inquérito.
Ver todos os comentários | 0 |