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Teresina - Piauí

Interdição do Cemitério Areias impede abertura de duas mil vagas

O cemitério foi interditado pelo Ministério Público há cerca de 10 anos, sob suspeita de estar contaminando lençóis freáticos.

Lucas Dias/GP1 1 / 11 Trabalhadores do cemitério Trabalhadores do cemitério
Lucas Dias/GP1 2 / 11 Trabalhador da litucera Trabalhador da litucera
Lucas Dias/GP1 3 / 11 Sepulturas do cemitério das areias Sepulturas do cemitério das areias
Lucas Dias/GP1 4 / 11 Sepultura Sepultura
Lucas Dias/GP1 5 / 11 Ivanildo Rodrigues Ivanildo Rodrigues
Lucas Dias/GP1 6 / 11 Funcionários da litucera Funcionários da litucera
Lucas Dias/GP1 7 / 11 Entrada do cemitério Entrada do cemitério
Lucas Dias/GP1 8 / 11 Cemitério Cemitério
Lucas Dias/GP1 9 / 11 Cemitério das areias Cemitério das areias
Lucas Dias/GP1 10 / 11 Cemitério das areias, zona sul de Teresina Cemitério das areias, zona sul de Teresina
Lucas Dias/GP1 11 / 11 Área interditada Área interditada


No Dia de Finados, 02 de novembro, os cemitérios ficam lotados como em nenhum outro dia do ano. Famílias e amigos visitam as sepulturas de seus queridos que se foram e nesse dia o lugar fica cheio de vida. Cada túmulo, alguns bem cuidados, outros, visivelmente abandonados, contam uma história, bem como os próprios cemitérios. A história a ser contada nesta reportagem é a do Cemitério Areias, localizado no bairro Areias, zona sul de Teresina.

Este cemitério não é tão movimentado como os demais, exceto quando se aproxima do feriado, quando recebe visitas. Isso porque foi interditado pelo Ministério Público há cerca de 10 anos, sob suspeita de estar contaminando lençóis freáticos.

O GP1 entrevistou o gerente de Serviços Urbanos da SDU Sul, Renato Lopes, responsável por administrar os cemitérios da região. Ele explica que a interdição não é datada. “Quando assumimos a gestão, fizemos levantamentos e constatamos que a ação partiu de uma denúncia, provavelmente de pessoas que vivem nas proximidades que ainda utilizam poços, cacimbão e tubulares. Diante disso o Ministério Público interditou e solicitou um estudo”, conta.

  • Foto: Thais Guimarães/GP1Renato LopesRenato Lopes

Após a intervenção do MP, dois estudos foram feitos por pesquisadores da Universidade Federal do Piauí (Ufpi), e não foi constatada contaminação. “A Ufpi fez um estudo na época da interdição e refez no ano passado, inclusive nos arredores do cemitério, e não constatou contaminação”, aponta o gerente.

Ainda de acordo com Renato Lopes, o superintendente da SDU Sul, Cleto Baratta, que é professor da Ufpi, obteve a informação de que a pesquisa realizada faz parte da tese de mestrado de um estudante. “Parece que o estudo foi concluído agora, mas a tese precisa ser defendida para se tornar um documento oficial”, afirma.

O trabalhador Ivanildo Rodrigues, trabalha no cemitério há cerca de 20 anos, zelando por algumas sepulturas. Ele limpa, rega as plantas, e faz reparos se for preciso, recebendo dinheiro diretamente da família da pessoa falecida. Ivanildo reclama da interdição, que para ele, contribuiu para a queda na movimentação do espaço. “Agora só se vê gente quando ‘tá’ perto do Dia de Finados, e isso aqui anda muito perigoso, com poucas pessoas”, declara.

  • Foto: Lucas Dias/GP1Ivanildo RodriguesIvanildo Rodrigues

Um novo cemitério

A Prefeitura de Teresina está com o projeto de mais um cemitério na zona sul da capital. Ele será construído na região do Polo Industrial Sul e terá uma área de aproximadamente sete hectares.

Ministério Público

Procurado, o Ministério Público não se manifestou em tempo de a matéria ser veiculada.

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