O prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella (Republicanos), anunciou que irá publicar um decreto nesta segunda-feira flexibilizando as regras de isolamento social na capital fluminense, epicentro da pandemia do novo coronavírus no Estado. Dentre as medidas está a liberação dos calçadões da cidade para a prática de exercícios.
Nas palavras do próprio Crivella, a reabertura será "lenta, gradual e com segurança". A flexibilização, segundo ele, está amparada em decisão unânime de seu gabinete científico, que considerou que um afastamento social prolongado "apresenta um número maior de mortes por outras doenças".
O prefeito afirmou ainda que a cidade, que até domingo registrava 29.157 casos do novo coronavírus, com 3.578 mortes, não possui mais fila de espera por leitos de UTI.
As restrições no Rio serão abrandadas em seis fases, que deverão durar duas semanas cada. A primeira delas começará nesta terça-feira, 2. Assim, uma reabertura total das atividades na cidade só deverá acontecer entre o final de julho e o início de agosto.
"As aulas poderão começar, se o plano todo der certo, em julho. Se todos os parâmetros forem seguidos, em agosto voltamos à vida normal, ao novo normal, usando máscaras e sem aglomerações", declarou Crivella.
O decreto que passará a valer nesta terça irá autorizar a prática de exercícios em centros de treinamento - o que permitirá o retorno das atividades para os clubes de futebol -, nos calçadões e no mar, mas apenas para atividades individuais. Ainda não será permitido utilizar a faixa de areia nas praias, bem como segue vedado o uso de piscinas e saunas.
Como já havia indicado na semana passada, Crivella também autorizou a reabertura de concessionárias de veículos, e de lojas de móveis e decoração. Bares e lanchonetes permanecem com as restrições, e só podem trabalhar no sistema de entrega ou retirada. Cultos religiosos - que o prefeito havia liberado na semana passada, mas foi contestado em decisão judicial - também poderão acontecer, mas seguindo protocolos de prevenção.
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