Romero Jucá (PMDB-RR), líder do governo no Senado, afirmou que a votação da proposta de Reforma da Previdência ocorrerá somente em fevereiro do ano que vem. A declaração foi feita nesta quarta-feira (13).
O senador contou que a decisão foi tomada após acordo entre os presidentes do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), e da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). Jucá disse que o Palácio do Planalto “participou do entendimento”.
Durante entrevista coletiva, Jucá confirmou o adiamento, mas acrescentou a possibilidade de o tema ser analisado antes do mês de fevereiro, em uma eventual convocação extraordinária do Congresso Nacional.
- Foto: Facebook/Romero JucáSenador Romero Jucá
Para Jucá, a Reforma da Previdência é importante não para o governo Michel Temer, mas para os próximos governos e para o pagamento de aposentadorias.
“Por uma combinação entre o presidente Eunício e o presidente Rodrigo Maia hoje será votado o Orçamento federal. Sendo votado o Orçamento, forçosamente, na próxima semana não haverá um quórum da forma que nós queremos para votar a reforma. Então a reforma vai aguardar mais alguns dias para possa ser votada ou em fevereiro ou até, se houver o entendimento entre os presidentes das duas Casas, em uma convocação extraordinária”, declarou.
O governo vinha negociando para tentar votar a proposta na Câmara ainda neste ano. Defensor da proposta, Rodrigo Maia é um dos principais articuladores nessa discussão.
Jucá reconheceu ainda que o governo não tem os 308 votos necessários para aprovar o tema. “O número de adesões [à reforma] está crescendo, o PSDB fechou questão, outros partidos vão fechar questão. Então é preciso que haja tempo para maturar a solução [...]. Portanto nós vamos agir com responsabilidade e equilíbrio e votar no momento que tivermos os votos”, contou.
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