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Veja quais deputados do Piauí votaram para tirar Coaf de Sérgio Moro

Apenas Júlio César (PSD) votou para que o conselho permanecesse com o ministro Sérgio Moro. Já Assis Carvalho (PT) não compareceu à sessão.

O plenário da Câmara dos Deputados aprovou, nesta quarta-feira (22), por 228 votos a 210, e quatro abstenções, a transferência do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) do Ministério da Justiça e Segurança Pública para o ministério da Economia.

Dos 10 deputados federais do Piauí, apenas Júlio César (PSD) votou para que o conselho permanecesse com o ministro Sérgio Moro. Os deputados Rejane Dias (PT), Flávio Nogueira (PDT), Marcos Aurélio Sampaio (MDB), Marina Santos (SDD), Merlong Solano (PT), Margarete Coelho (PP), Átila Lira (PSB) e Iracema Portella (PP) votaram para tirar o Coaf de Moro. O deputado Assis Carvalho (PT) não compareceu à sessão.


  • Foto: GP1Deputados que votaram para tirar Coaf de Sérgio MoroDeputados que votaram para tirar Coaf de Sérgio Moro

A mudança foi confirmada durante a análise da medida provisória 870, que trata da organização administrativa do governo de Jair Bolsonaro, e foi patrocinada principalmente por partidos do Centrão e da oposição. O placar foi mais apertado do que os líderes do Centrão havia previsto inicialmente. A Câmara também aprovou redução no número de ministérios.

Na primeira votação, feita de forma simbólica, Maia anunciou a rejeição do requerimento que pedia para o Coaf ser mantido sob a guarda do ministro Sérgio Moro. O PSL pediu então para que a votação fosse feita nominalmente, o que permite uma contagem exata dos votos.

  • Foto: Lucas Dias/GP1Júlio César votou a favor de Sérgio MoroJúlio César votou a favor de Sérgio Moro

Assim, o órgão voltará a integrar a estrutura da Economia, como era até o ano passado com o então ministério da Fazenda. A mudança já havia sido incluída no relatório da MP na comissão especial que a analisou.

Votaram pela mudança do Coaf para a Economia: PP, MDB, PTB, PT, PL (antigo PR), PSB, PRB, PDT, DEM, SDD, Psol, PCdoB e PSC. As lideranças da maioria, da minoria e da oposição também encaminharam a votação neste sentido.

Já o PSL, Podemos, Pros, Cidadania, Novo e PV pediram a aprovação do requerimento, para que o Coaf permanecesse no ministério da Justiça e Segurança Pública. O PSD e o PSDB liberaram suas bancadas. O líder do governo na Casa, major Vitor Hugo (PSL-GO), fez uma defesa enfática no plenário da Casa pela manutenção do órgão. Ele afirmou que o Estado precisa ser mais eficiente e coerente com as pautas que elegeram Bolsonaro.

  • Foto: Fátima Meira/Futura Press/Estadão ConteúdoSérgio MoroSérgio Moro

O governo defendia a permanência do Coaf na Justiça, mas deputados favoráveis à mudança argumentaram que o órgão é uma unidade de inteligência financeira que investiga crimes no sistema financeiro e, dentre outros, a lavagem de dinheiro. Já os parlamentares que queria que ele ficasse com Sérgio Moro, defenderam que ele é um órgão importante para o combate à corrupção.

Principais defensores da permanência do Coaf na Justiça, deputados do PSL gravaram vídeos para as suas redes sociais. durante a discussão do destaque. No momento em que o deputado Filipe Barros (PSL-PR) fazia um discurso a favor da manutenção, diversos correligionários se postaram atrás dele com celulares em punho. A atitude recebeu uma reprimenda do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que pediu que a tribuna seja ocupada apenas por quem estiver discursando.

Os deputados também rejeitaram recriar o ministério do Trabalho e aprovaram um destaque, apresentado pelo Cidadania, para manter o ministério do Desenvolvimento Regional. No relatório apresentado na comissão especial que analisou a medida previamente, o relator, o senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), havia acatado o pedido para desmembrar a pasta com a recriação dos ministérios das Cidades e da Integração Nacional. Deputados de partidos de centro, no entanto, recuaram da proposta e decidiram aceitar a manutenção do ministério.

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