Nas próximas quintas-feiras, dias 22 e 29 de setembro, a maioria das universidades públicas federais, estaduais e municipais de todo o Brasil vão paralisar suas atividades em uma Greve Geral Nacional, como forma de reinvindicação dos direitos trabalhistas.
- Foto: Facebook/ AdcespUespiGreve Nacional
Posicionamento da UESPI
De acordo com a presidente da Associação dos Docentes do Ensino Superior do Piauí (ADCESP), Lina Santana, a Uespi vai aderir ao movimento. “A greve é nacional e a ideia é que seja feita em dois dias, uma espécie de paralisação que vai se encaminhando para uma greve, em todas as esferas: federais, estaduais e municipais, e pare o Brasil todo”, afirmou.
A professora argumenta que “o Governo Federal está tirando todos os direitos dos trabalhadores, inclusive adquiridos há anos, ainda na época de Getúlio Vargas”. Entre as pautas estão a realização de concursos públicos, melhores salários, a PEC 241 – que congela os gastos públicos por 20 anos – e a PLP 257 – que trata do alongamento da dívida dos estados e Distrito Federal com a União, na qual, pode terá efeito negativo aos servidores públicos.
Está marcado para amanhã, às 9h, uma audiência pública com o Governo do Estado e Ministério Público no prédio do MP para discutir a situação da Uespi.
Posicionamento da UFPI
A Associação dos docentes da Universidade Federal do Piauí (Adufpi) se manifestou por meio de nota, afirmando que também irá aderir à greve nacional, por dois dias, e descartou o encaminhanamento para uma greve nas instituições federais. Na segunda quinta-feira (29), haverá uma Assembleia Geral Unificada da diretoria da ADUFPI com os associados e demais docentes.
Confira a nota na íntegra:
Várias centrais sindicais, a exemplo da CSP-Conlutas, CTB e CUT, entre outras e vários sindicatos nacionais, a exemplo do ANDES-SN, FASUBRA e SINASEFE, estão organizando nos dias 22 e 29 de setembro do corrente ano, ATOS DE LUTA e manifestação com paralisações, assembléias ou ações de mobilização e esclarecimento às diversas categorias de funcionários públicos (federais, estaduais e municipais) assim como aos trabalhadores da iniciativa privada, sobre os diversos ataques feitos ao serviço público e aos trabalhadores em geral, manifestos, sobretudo, em propostas de reforma trabalhistas e previdenciárias que retiram direitos sociais histórica e arduamente conquistados.
Neste contexto, a Diretoria da ADUFPI, orienta a todos os seus Professores Associados e demais docentes da UFPI que utilizem a data do dia 22 de setembro para, entre outras atividades, de forma articulada, realizar:
a) Planejar e executar aulas públicas, ou;
b) Refletir e debater com a categoria discente a atual conjuntura política, econômica e social do país, ou;
c) Esclarecer a categoria discente os ataques à educação pública via cortes de receitas de custeio das IFES, condição que ameaça sobremaneira a sobrevivência da Universidade pública e a educação pública como um todo sistêmico, ou;
d) Debater com os discentes os ataques à classe de trabalhadores via reformas trabalhistas e previdenciárias que espoliam direitos e ameaçam as condições de trabalho tanto no serviço público como na iniciativa privada, ou
e) Explicitar e analisar os conteúdos de propostas de reformas contidas no PLP 257, PEC 241, PLC 54, entre outras propostas que afetam a educação pública a exemplo do Projeto “Escola sem Partido”.
Para o dia 29/09, a Diretoria da ADUFPI convoca todos os seus associados e demais docentes a realizarem Assembléia Geral Unificada, com a seguinte Pauta:
1. Análise da Atual Conjuntura;
2. Os ataques do Governo à sociedade brasileira via reforma e cortes na Educação, Previdência e na CLT;
A Diretoria da ADUFPI esclarece também que no momento, as diversas entidades sindicais que representam o funcionalismo público em geral, sobretudo aquelas ligadas à educação em âmbito federal (ANDES e FASUBRA) que não há neste momento discussões ou encaminhamentos com vistas a uma Greve nas IFES. O que ocorre neste contexto é uma tentativa de organização da deflagração de Greve Geral de todos os trabalhadores públicos e privados por todo o país diante da atual conjuntura política, econômica e social.
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