O presidente do Tribunal de Justiça do Piauí, desembargador Sebastião Martins, divulgou no final da manhã desta terça-feira (17) os dados referentes ao número de processos julgados através do plenário virtual, implantado no Piauí em 07 de julho deste ano, sob coordenação do desembargador Olímpio Galvão.
Segundo o desembargador Sebastiao Martins, somente nos últimos seis meses 3.012 processos foram julgados dos 3.587 colocados em pauta, representando um índice de resolutividade de 83,96%.
- Foto: Alef Leão/GP1Presidente do TJ-PI, Sebastião Ribeiro Martins
“É um resultado positivo! Nós julgamos em seis meses mais de 3 mil processos, enquanto que de forma presencial, todas as câmaras reunidas em um ano todo julgaram apenas 3001 processos. O plenário virtual é uma ferramenta tecnológica dentro do processo judicial eletrônico onde, semanalmente, cada desembargador lança seu voto de forma eletrônica em cada câmara. O plenário virtual traz mais segurança, pois cada desembargador pode ler o voto, acompanhar ou não o relator”, pontuou.
Para o presidente do TJ-PI, em consequência disso, a resposta para apreciação dos processos colocados em pauta se torna mais rápida, permitindo que o Tribunal consiga aumentar sua produtividade. “O plenário virtual veio para contribuir para o aumento da nossa produtividade, da agilidade e também da segurança, pois eu posso ler com mais calma, a qualquer momento, durante uma semana para saber se acompanho ou não o voto de relator. O desembargador Olímpio Galvão foi designado como coordenador desse plenário, esteve em Brasília com toda a equipe de secretários, assessores e técnicos de informática, trouxemos para cá essa ferramenta e está dando excelentes resultados”, acrescentou.
- Foto: Alef Leão/GP1Sebastião Ribeiro Martins revela dados do plenário virtual
Planejamento para 2020
O presidente do Tribunal de Justiça do Piauí ressaltou que diante dos números expressivos obtidos no plenário virtual nos últimos seis meses de 2019, a expectativa é que no próximo ano os resultados sejam potencializados.
“Essa ferramenta vem sendo usado pelo próprio Conselho Nacional de Justiça, pelo STJ e o Supremo, que é um tribunal conservador, o próprio Supremo tem o plenário virtual e quase todos os estados do Brasil. A partir deste ano estamos modernizando o tribunal, investindo em tecnologia para aumentar a produtividade porque o maior mal da Justiça ainda é a morosidade. Como a tendência é cada vez mais digitalizar os processos físicos, vamos julgar daqui para frente de forma virtual. Evidentemente, que um processo complexo, qualquer advogado pode pedir para tirar do plenário virtual para que haja um debate. Realmente, existem processos que exigem forma física e eu defendo que as grandes questões sejam julgadas de forma presencial em oportunidades de defesa para assegurar o contraditório e a ampla defesa”, finalizou.
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