Uma testemunha contou para a Polícia Civil que o vereador Marcello Siciliano (PHS) e o ex-policial militar Orlando Oliveira de Araújo estavam interessados na morte da vereadora Marielle Franco (PSOL), informou O Globo.
A motivação seria o avanço das ações da vereadora em comunidades que era de interesse da milícia, na zona oeste do Rio de Janeiro. Ela foi assassinada com quatro tiros no dia 14 de março. O motorista Anderson Gomes também morreu e uma assessora ficou ferida.
- Foto: Facebook/Marielle FrancoVereadora Marielle Franco
Segundo a testemunha, os dois acusados planejaram por bastante tempo a execução e que participou dessas discussões. "Eu estava numa mesa, a uma distância de pouco mais de um metro dos dois. Eles estavam sentados numa mesa ao lado. O vereador falou alto: 'Tem que ver a situação da Marielle. A mulher está me atrapalhando'. Depois, bateu forte com a mão na mesa e gritou: 'Marielle, piranha do Freixo'. Depois, olhando para o ex-PM, disse: Precisamos resolver isso logo", afirmou a testemunha, segundo O Globo.
O vereador Marcelo Siciliano disse que a declaração dessa testemunha é uma mentira e disse não conhecer o ex-policial militar que já foi condenado e está preso por chefiar uma milícia. A testemunha afirmou que um mês antes do crime, o ex-policial deu a ordem para o assassinato de dentro da cela de Bangu 9.
"Ela [Marielle] peitava o miliciano e o vereador. Os dois [o miliciano e Marielle] chegaram a travar uma briga por meio de associações de moradores da Cidade de Deus e da Vila Sapê. Ela tinha bastante personalidade. Peitava mesmo", revelou a testemunha. Ela ainda destacou que a vereadora chegou a ser seguida para que fosse realizado um levantamento dos seus hábitos.
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