Diante da busca incessante por votos para aprovar a Reforma da Previdência, o presidente Michel Temer (MDB) declarou que “já fez sua parte” pela proposta e que agora é preciso convencer a população para a adesão do Congresso às mudanças na aposentadoria.
“Já fiz a minha parte nas reformas e na Previdência”, disse Temer. “Agora é preciso convencer o povo, porque o Congresso sempre ecoa a vontade popular”, completou. Temer lembrou que tem participado de programas populares para tentar diminuir a resistência da população em torno do tema.
Segundo ele, o governo atual "aguenta" a Previdência Social sem reforma, mas, o mesmo não vai acontecer com os próximos governos. "É preciso um certo fechamento dessas reformas, com a da Previdência. Não é para o meu governo. Eu aguento a Previdência [sem reforma]. Houve um déficit de R$ 268 bilhões em 2017", disse o presidente. "A tendência é aumentar neste ano. Mas o meu governo aguenta. O que não vai aguentar são os próximos", completou Temer.
- Foto: André Dusek/Estadão ConteúdoMichel Temer
De acordo com informações da Veja, o presidente afirmou ainda que avaliará junto com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), se o texto será colocado em pauta no dia 19 de fevereiro, mesmo sem a certeza dos 308 votos necessários para a aprovação.
“Nós vamos insistir muito na reforma da Previdência. Agora, de fato, é preciso ter votos. Nós temos duas, três semanas para fazer a avaliação se temos votos ou não e depois decidimos se vamos votar de qualquer maneira ou não.”
Segundo o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha (MDB), se a reforma não for votada em fevereiro, o governo não tem a intenção de insistir nessa pauta indefinidamente. “Tem momentos em que a batalha tem de parar e achamos que é em fevereiro”, disse. “Se passar de fevereiro, não podemos ficar com essa pauta de forma indefinida. Mas estamos com fé de que vamos construir condições para votar a reforma em fevereiro.”
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