O jornalista e proprietário do portal AZ, Arimatéia Azevedo, negou a acusação de extorsão contra um médico da Capital e disse à imprensa que é inocente. As declarações foram dadas quando o jornalista deixava o Instituto de Medicina Legal (IML), em Teresina, por volta de 11h30 desta sexta-feira (12), na zona sul de Teresina.
Depois de passar por exame de corpo de delito, Arimatéia Azevedo respondeu aos questionamentos dos jornalistas quanto a acusação da prática de extorsão qualificada, motivo pelo qual acabou sendo preso pelo GRECO em casa, no bairro Todos os Santos, nesta manhã.
“Isso é a maior canalhice que já se praticou contra uma pessoa. Eu que denuncio bandido, eu não sou o bandido. Esse médico praticou uma ação criminosa, ele deixou panos dentro do seio da mulher e nós denunciamos. Eu sou mais do que inocente, eu combato bandidos”, disse Arimatéia.
Ao ser indagado se recebeu a quantia de R$ 20 mil, conforme relatado pela Polícia Civil, Arimatéia Azevedo negou veementemente e disse que denuncia bandidos há 50 anos. “Jamais! Eu não sei nem do que ele fala. Ele está comprometendo um velho sério, que é o professor Barreto. Quem denuncia bandido sou eu, há 50 anos”, completou.
Arimatéia Azevedo deixou o Instituto de Medicina Legal (IML) e foi encaminhado para o 12º Distrito Policial de Teresina. Já o professor Francisco de Assis Barreto deixou ao IML por volta de 12h34, sem falar com a imprensa. Ele também foi preso pelo GRECO, apontado como a pessoa responsável por receber a quantia de R$ 20 mil em nome o jornalista, e ficará detido na Academia de Polícia Civil do Piauí (Acadepol-PI).
Entenda o caso
O jornalista Arimatéia Azevedo, proprietário do Portal AZ, foi preso em casa, no bairro Todos os Santos, zona sudeste de Teresina, nas primeiras horas da manhã desta sexta-feira (12) pelo Grupo de Repressão ao Crime Organizado (GRECO), durante o cumprimento de um mandado de prisão preventiva por crime de extorsão qualificada, expedido pelo juiz da Central de Inquéritos, Valdemir Ferreira Santos, nessa quinta-feira (11).
O jornalista é suspeito extorquir um médico da Capital, publicando notícias contra o profissional, que depois de várias tentativas acabou cedendo e realizou o pagamento de R$ 20 mil em dinheiro a um homem de confiança de Arimatéia Azevedo, identificado como Francisco de Assis Barreto, professor da UESPI, que também acabou sendo preso por força de um mandado de prisão preventiva.
O crime ocorreu em meados de janeiro de 2020 e, desde fevereiro, a Polícia Civil passou a investigar o caso e conseguiu reunir elementos que corroboraram com a denúncia apresentada pela vítima. Em razão disso, o delegado responsável pelo inquérito solicitou o mandado de prisão, que foi expedido pelo juiz da Central de Inquéritos, Valdemir Ferreira Santos, e cumprido nesta manhã.
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