Em entrevista ao GP1 nesta sexta-feira (11), o deputado federal Rodrigo Martins (PSB) defendeu o fim das coligações proporcionais e afirmou que o Partido Socialista Brasileiro continua “vivo” e fortalecido no Estado do Piauí.
Nesta eleição o PSB conseguiu eleger 34 prefeitos e 30 vice-prefeitos e chegou a realizar na segunda-feira (7) um encontro com os eleitos. Para Rodrigo Martins isso prova que o partido não está “morto” e que saiu fortalecido das eleições. Questionado sobre as eleições de 2018, ele destacou que ainda é cedo para tratar desse assunto, mas que o PSB estará em uma chapa majoritária.
“Está muito cedo para tratar sobre as eleições de 2018. Neste ano elegemos 34 prefeitos e saímos muito fortalecidos. Queremos passar para esses gestores que agora que passou a eleição, eles precisam se preocupar em fazer uma boa gestão e até agradecemos o fato deles terem sido candidatos em tempos de crise, principalmente com o PSB estando na oposição. Não estamos mortos. O PSB continua vivo e em 2018 nós vamos fazer parte de uma chapa majoritária, é só isso que posso te dizer”, destacou.
- Foto: Lucas Dias/GP1Entrevista Rodrigo Martins
Coligações proporcionais
O assunto voltou a ser discutido no Senado após ter sido aprovado em primeiro turno a Proposta de Emenda a Constituição (PEC) de nº 151/2015. Ela ainda deve passar pela segunda votação, para ser encaminhada para a Câmara Federal. A PEC prevê mudanças no sistema eleitoral, como o fim das coligações proporcionais e a criação cláusulas de desempenho eleitoral para que os partidos políticos tenham acesso ao fundo partidário e ao tempo gratuito de televisão. Para o parlamentar, as mudanças são positivas, mas acredita que ao ser aprovada no Senado e encaminhada para a Câmara, a proposta deverá sofrer modificações.
“Eu sou favorável, é preciso fortalecer os partidos, estamos muito fragmentados. Vários partidos são criados com a única finalidade de ter acesso ao fundo partidário, então nós precisamos fortalecer os partidos e evitar esse tipo de fragmentação. Temos muitos partidos no nosso país e isso acaba prejudicando também. Eu também acredito que quando essa proposta for aprovada no Senado e encaminhada para a Câmara, tenho certeza, pelo tempo que estou aqui, que irão acontecer modificações. Certamente não será aprovada na Câmara do jeito que estava no Senado”, esclareceu.
Questionado se as mudanças previstas irão prejudicar os partidos pequenos, o deputado disse que isso poderá permitir que ocorram algumas fusões, já que a PEC cria algumas cláusulas que devem diminuir a criação de partidos, pois está previsto que partir da eleição de 2018 os partidos devem obter pelo menos 2% dos votos válidos para deputado federal em todo o país, conseguir 2% dos votos para deputado federal em, no mínimo, 14 unidades da federação, para que possam, por exemplo, ter acesso ao fundo partidário.
“Eu acho que os partidos pequenos vão ter que ir atrás de uma alternativa, onde poderão acontecer algumas fusões partidárias, para que eles não fiquem prejudicados, mas essas mudanças precisam ser feitas”, defendeu.
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