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Teresina - Piauí

Revelada identidade de estudante preso com ecstasy na Operação Noctuam

Ele é estudante do Centro Universitário Uninovafapi. 

O GP1 revela, com exclusividade, a identidade do estudante de Engenharia Civil preso em flagrante na Operação Noctuam, nessa quarta-feira (16). Trata-se de Rayson Meneses, de 26 anos.

Rayson Meneses, que segundo a Polícia Civil, é estudante do Centro Universitário Uninovafapi, foi preso na zona leste de Teresina, com mais de 460 comprimidos de ecstasy, treze tabletes de maconha, nove micro-selos de LSD e um pacote da droga conhecida como MDMA, sementes e cânhamo - formas derivadas da planta cannabis sativa. Esta foi a maior apreensão de drogas sintéticas já registrada no estado.


  • Foto: FacebookRayson MenesesRayson Meneses

Segundo o delegado Matheus Zanatta, coordenador da Gerência de Polícia Especializada (GPE), responsável pela investigação e prisão do estudante, Rayson foi preso em flagrante no supermercado Extra.

"Recebemos a informação que uma pessoa estava fazendo o tráfico de entorpecente na cidade de Teresina, de droga sintética. Iniciamos o trabalho de campo, as diligências, os levantamentos e ontem recebemos uma nova informação que ele iria fazer algumas entregas na zona leste. Fomos para campo, fizemos acompanhamento e a abordagem dele no estacionamento do supermercado Extra”.

Kitnet do tráfico

Zanatta contou que a equipe da Polícia Civil localizou uma Kitnet onde eram guardadas todas as drogas a serem comercializadas por Rayson.

“Com ele a princípio encontramos uma quantidade razoável de entorpecentes, que era só para fazer a venda naquela noite, mas tínhamos a informação de uma kitnet que poderia servir de mocó, ou seja, poderia servir para o armazenamento de grande quantidade dos entorpecentes. Nos deslocamos até essa kitnet e constatamos a veracidade da informação. Lá apreendemos uma vasta quantidade de drogas sintéticas”, revelou Matheus.

  • Foto: Lucas Dias/GP1Matheus ZanattaMatheus Zanatta

“Apreendemos com ele LSD, em três modalidades - gota, selo e comprimido. Foram apreendidos quase 500 comprimidos de ecstasy, foi apreendido o MDMA, que é metanfetamina na forma de cristal, que é a matéria prima do ecstasy e de grande valor no mercado, treze tabletes de maconha, apreendemos skank, que é uma maconha rara que tem alto teor de THC, muito caro no mercado, muito concentrado”, acrescentou o delegado.

"Comodidade" aos usuários

Conforme o delegado Matheus Zanatta, um fato que chamou atenção da polícia foi que o estudante oferecia diferentes formas de pagamentos aos “clientes”, estes de “alto poder aquisitivo”.

“O que chamou atenção também, foi que apreendemos com ele uma máquina de cartão de crédito, os usuários poderiam adquirir a droga com dinheiro em espécie ou através de cartão de crédito. O indivíduo era organizado e com uma certa estrutura na cidade de Teresina. Os compradores eram de alto poder econômico, pois essa droga sintética é muito cara”, afirmou o delegado.

  • Foto: Divulgação/Polícia CivilDrogas apreendidasDrogas apreendidas

O MDMA

A MDMA é princípio ativo do ecstasy. Assim como o ecstasy, seu uso causa euforia, sensação de bem-estar, alterações sensoriais, aumento na sensibilidade e no interesse sexual.

A substância sintética é solúvel em água ou álcool e diferente da metanfetamina, seus efeitos são mais moderados e parecidos com o do LSD (também conhecido como doce) mas sem tantas alucinações. Eles podem durar, em média, 8 horas.

Valores das drogas

De acordo com Zanatta as drogas sintéticas têm um alto valor no mercado. O grama do Skank custa em torno de R$ 40, um comprimido de ecstasy custa em média R$ 100, um selo de LSD - dependendo da concentração do ácido lisérgico - pode variar de R$ 70 a R$ 100. Já o grama do MDMA chega a custar R$ 200.

Por meio de nota, o Centro Universitário Uninovafapi afirmou que o estudante Rayson Ataídes Menezes foi desligado da instituição de ensino no ano de 2018, portanto, atualmente, não faz parte do quadro de alunos da faculdade.

Confira a nota na íntegra:

Nota de esclarecimento

O Centro Universitário Uninovafapi esclarece que Rayson Ataídes Menezes, preso na operação Noctuam, não faz parte do quadro de alunos da instituição. O mesmo foi desligado no ano de 2018.

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