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Regina deve assinar expulsão de Allisson Wattson depois do Carnaval

O Tribunal de Justiça já enviou à Procuradoria Geral do Estado e ao comandante da PM, coronel Lindomar Castilho, os mandados notificando sobre o julgamento que decidiu pela sua expulsão.

O capitão Allisson Wattson, assassino confesso da namorada Camilla Abreu, deverá ser exonerado dos quadros da Polícia Militar do Piauí depois do Carnaval. O Tribunal de Justiça já enviou à Procuradoria Geral do Estado e ao comandante da PM, coronel Lindomar Castilho, os mandados notificando sobre o julgamento que decidiu pela sua expulsão.

De acordo com a assessoria de comunicação do TJ, os mandados com as notificações foram encaminhados na tarde desta sexta-feira (01).


  • Foto: Instagram/Allisson WattsonAllisson WattsonAllisson Wattson

Em entrevista ao GP1, o coronel Lindomar Castilho informou que até às 15 horas não havia recebido nenhuma notificação. Ele explicou o chefe do executivo estadual será notificado para proceder com a exoneração do capitão.

“O governador vai assinar a exoneração para ele deixar a folha de pagamento e depois vamos representar à Justiça para que ele seja recolhido a um presídio comum”, informou o coronel.

A exoneração deverá ser assinada pela governadora em exercício Regina Sousa, que assumiu o comando do Governo nesta sexta, em decorrência de viagem em caráter particular de Wellington Dias aos Estados Unidos.

Expulsão

No dia 4 de fevereiro, o Pleno do Tribunal de Justiça do Estado do Piauí (TJ-PI) decidiu, por unanimidade, pela expulsão do capitão Allisson Wattson da Silva Nascimento, dos quadros da Polícia Militar.

A Corregedoria da Polícia Militar já havia decidido pela expulsão do capitão. Três meses depois o governador Wellington Dias (PT) confirmou a decisão, mas cabia ao TJ julgar o pedido.

O crime

A estudante de direito, Camilla Abreu, desapareceu no dia 26 de outubro de 2017. Ela foi vista pela última vez em um bar no bairro Morada do Sol, zona leste de Teresina, acompanhada do namorado e capitão da PM, Allisson Wattson. Após o desaparecimento, o capitão ficou incomunicável durante dois dias, retornando apenas na sexta-feira (27) e afirmou não saber do paradeiro do jovem.

  • Foto: Facebook/Camilla AbreuCamilla AbreuCamilla Abreu

A Delegacia de Homicídios, coordenada pelo delegado Barêtta, assumiu as investigações. No dia 31 de outubro, a Polícia Civil confirmou a morte da jovem. Já na parte da tarde, Allisson foi preso e indicou onde estava o corpo da estudante. Na manhã de 1º de novembro, o corpo da estudante foi enterrado sob forte comoção no cemitério São Judas Tadeu. No laudo cadavérico, foi concluído que a jovem foi arrastada antes de morrer.

O capitão virou réu na Justiça depois que a juíza de direito Maria Zilmar Coutinho Leal, da 2º Vara do Tribunal do Júri, recebeu denúncia do Ministério Público. Em abril de 2018, a juíza pronunciou o capitão para ir a julgamento pelo Júri Popular.

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