Professores da rede municipal de educação deflagraram greve geral na manhã desta terça-feira (10), reivindicando reajuste salarial de 12,84% para a categoria. O Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Teresina (Sindserm) reagiu à proposta da Prefeitura de Teresina de parcelar o reajuste e professores decidiram acampar na Câmara Municipal para tentar barrar o projeto.
Conforme o documento encaminhado à Casa, o reajuste será parcelado em duas vezes, sob prazo de quitação até o mês de agosto caso seja aprovado pelos vereadores. O presidente do Sindserm, Sinésio Soares, alega que a legislação não está sendo cumprida.
“Então, a gente pede que a lei 11.738, que é uma lei federal, seja cumprida na íntegra. O prefeito quer pagar a segunda parcela somente em agosto, que inclusive é um período de proibição pela legislação eleitoral. Queremos integralmente agora porque sabemos que tem dinheiro na conta do FUNDEB, que é justamente para pagar o magistério”, destacou o presidente.
Sinésio Soares reivindicou que o aumento salarial deva ser pago de forma integral pela Prefeitura. “Desde janeiro que ele está devendo o reajuste. Essa proposta de pagar parcelado e não pagar o retroativo tem uma perda salarial de até R$ 3,6 mil para alguns professores. Os professores têm trabalho de qualidade e isso não se deve a trabalho de secretário e de prefeito. É a abnegação dos professores. Alguns municípios já concederam o reajuste e a Prefeitura de Teresina, que tem o maior orçamento, não vai conceder?”, disse o sindicalista.
Em tramitação
De acordo com o vereador Jeová Alencar (MDB), presidente da Câmara Municipal, o projeto foi encaminhado às comissões de Legislação e Orçamento da Casa, podendo ser votado até a próxima quinta-feira (12) em primeira votação.
“A categoria é justa com a sua reivindicação haja vista a ser a primeira vez que nós vemos esse parcelamento. O prefeito faz as suas alegações e o sindicato, junto com a categoria, estiveram acampados hoje à frente da Câmara Municipal de Teresina para reivindicar o seu direito”, disse o vereador.
Impedimento eleitoral
Jeová Alencar reforçou que não serão necessárias sessões extras para a votação do projeto e disse que a legislação eleitoral possa ser impedimento para a concessão do reajuste reivindicado pela classe de professores do município.
“Ao nosso ver, o problema é que esse ano é ano de eleição, mas acredito que sendo aprovado um projeto em si antes do período de vedação, eu acredito que ele possa estar dando esse aumento. Talvez por questões financeiras da prefeitura, ele não possa estar executando esse reajuste”, finalizou.
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