Nesta terça-feira (2), o vice-presidente da Câmara, Waldir Maranhão (PP-MA), decidiu anular a aprovação, pelo Conselho de Ética, do parecer do deputado Marcos Rogério (PDT-RO) pela continuidade do processo que investiga Eduardo Cunha (PMDB-RJ), presidente da Casa.
O vice-presidente acolheu o recurso do deputado Carlos Marun (PMDB-MS), que questionava decisão do colegiado de negar pedido de vista feito por parlamentares aliados a Cunha em 2015.
Com essa decisão, o processo que pode gerar na cassação do mandado de Cunha volta à estaca zero. Segundo a Secretaria-Geral da Câmara, Eduardo Cunha poderá apresentar uma nova defesa prévia ao Conselho de Ética. Em seguida, o relator deverá apresentar seu parecer e reabrir a discussão.
Antes da votação, os deputados terão direito de pedir vista, o que pode atrasar ainda mais o início das investigações. Essa é a segunda vez que Waldir Maranhão toma decisões que beneficiam Cunha.
No início de dezembro, Maranhão decidiu pela substituição do primeiro relator do processo, Fausto Pinato (PRB-SP), que havia apresentado parecer pela continuidade das investigações.
Na época, o vice-presidente disse que Pinato não poderia conduzir o processo porque seu partido, o PRB, participou da eleição para presidente da Câmara aliado ao PMDB.
Marcos Rogério, deputado que substituiu Pinato, apresentou novo relatório e pediu pelo prosseguimento do processo. Quando o texto foi submetido à votação, aliados de Cunha pediram mais tempo para analisar o teor, o que foi negado pela maioria dos integrantes do Conselho de Ética.
Carlos Marun entrou com recurso na Mesa Diretora da Câmara e Eduardo Cunha pediu na Comissão de Constituição e Justiça que todo o processo fosse anulado por quebra de decoro. A CCJ ainda não decidiu sobre o recurso.
Acusações
O presidente da Câmara, Eduardo Cunha, é acusado de ter mentido durante depoimento à CPI da Petrobras, quando disse não possuir contas no exterior. Pouco tempo depois, o Ministério Público da Suíça apontou a existência de três contas ligadas ao presidente da Câmara.
Cunha nega ser dono das contas e afirma ser apenas “usufrutuário” dos ativos mantidos no exterior. Além disso, Cunha é alvo de um inquérito no Supremo Tribunal Federal para saber se as contas foram usadas para lavar dinheiro.
O vice-presidente acolheu o recurso do deputado Carlos Marun (PMDB-MS), que questionava decisão do colegiado de negar pedido de vista feito por parlamentares aliados a Cunha em 2015.
Imagem: Ueslei Marcelin/ReutersEduardo Cunha
Com essa decisão, o processo que pode gerar na cassação do mandado de Cunha volta à estaca zero. Segundo a Secretaria-Geral da Câmara, Eduardo Cunha poderá apresentar uma nova defesa prévia ao Conselho de Ética. Em seguida, o relator deverá apresentar seu parecer e reabrir a discussão.
Antes da votação, os deputados terão direito de pedir vista, o que pode atrasar ainda mais o início das investigações. Essa é a segunda vez que Waldir Maranhão toma decisões que beneficiam Cunha.
No início de dezembro, Maranhão decidiu pela substituição do primeiro relator do processo, Fausto Pinato (PRB-SP), que havia apresentado parecer pela continuidade das investigações.
Na época, o vice-presidente disse que Pinato não poderia conduzir o processo porque seu partido, o PRB, participou da eleição para presidente da Câmara aliado ao PMDB.
Marcos Rogério, deputado que substituiu Pinato, apresentou novo relatório e pediu pelo prosseguimento do processo. Quando o texto foi submetido à votação, aliados de Cunha pediram mais tempo para analisar o teor, o que foi negado pela maioria dos integrantes do Conselho de Ética.
Carlos Marun entrou com recurso na Mesa Diretora da Câmara e Eduardo Cunha pediu na Comissão de Constituição e Justiça que todo o processo fosse anulado por quebra de decoro. A CCJ ainda não decidiu sobre o recurso.
Acusações
O presidente da Câmara, Eduardo Cunha, é acusado de ter mentido durante depoimento à CPI da Petrobras, quando disse não possuir contas no exterior. Pouco tempo depois, o Ministério Público da Suíça apontou a existência de três contas ligadas ao presidente da Câmara.
Cunha nega ser dono das contas e afirma ser apenas “usufrutuário” dos ativos mantidos no exterior. Além disso, Cunha é alvo de um inquérito no Supremo Tribunal Federal para saber se as contas foram usadas para lavar dinheiro.
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