O acusado de assassinar o empresário Macelo Henrique Amorim da Silva, dono da Medley Academia, foi preso em flagrante pela Polícia Militar no dia 21 de julho, no bairro Satélite, com uma moto roubada. Durante audiência de custódia, a PM identificou o criminoso e o encaminhou para Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP). O bandido foi identificado como Leandro Rodrigues de Sousa, de 21 anos.
O empresário foi morto durante assalto ocorrido no último dia 09 de julho de 2018, no bairro Tabuleta, zona sul de Teresina. Ele havia acabado de estacionar seu veículo na frente da academia, no outro lado da rua, quando foi abordado pelo criminoso. Macelo reagiu a ação criminosa e foi assassinado.
- Foto: Divulgação/Polícia CivilLeandro Rodrigues de Sousa
Leandro possui uma tatuagem com os números 121, fazendo alusão ao artigo 121 do Código Penal Brasileiro que trata-se do crime de homicídio.
O crime
Segundo o delegado Robert Lavor, o objetivo do acusado era roubar o veículo para praticar outros assaltos. "Na verdade se trataria de um roubo normal, onde o acusado tinha o objetivo de conseguir um carro para praticar roubos em Teresina. Então ele escolheu a vítima Macelo, que era a vítima mais fácil, estava saindo do carro de costas. Então no momento que ele aborda, que ele pede a chave, ocorre um momento de tensão, entre a vítima e ele e é efetuado um disparo de arma de fogo. Então a vítima ainda tentou correr atrás do acusado e veio a cair, infelizmente já sem forças na calçada. Nesse horário ele retorna, pega a chave, não leva a bolsa da vítima, não leva nada, leva o carro e empreende fuga pela Avenida Maranhão", disse.
- Foto: Instagram/Macelo HenriqueMacelo Henrique
"Logo depois ele se junta com outros comparsas, já pela noite, e realiza um assalto em um posto de combustível, no bairro Todos os Santos. Em seguida, o bando praticou um arrastão no Rodoanel do Povoado Centro dos Afonsinhos. Ao tomar conhecimento que as imagens dele estavam sendo divulgadas nas redes sociais nas proximidades do crime, ele abandona o veículo no Parque Sul e ainda incendeia o carro. A queimada do veículo foi no sentido de apagar provas. Ele já sabia que estava identificado e que a polícia iria prender ele a qualquer momento", continou o delegado.
- Foto: Laura Moura/GP1Delegado Robert Lavor, responsável pela investigação do caso
A prisão
De acordo com Robert Lavor, Leandro foi preso ao sair de um baile de reggae no dia 21 de julho, no bairro Satélite, zona leste de Teresina. "Na verdade, há mais ou menos uma semana ele continuou foragido, a gente tentou chegar ele de toda maneira, não conseguimos. Ele foi preso saindo de um baile de reggae em uma moto roubada. O crime de receptação, ele foi autuado, no momento da autuação ele deu um nome falso, o nome do irmão dele, que era pra se livrar desse fato e dos outros, da extensa ficha que ele tinha. No amanhecer do dia foi detectado na audiência de custódia que o nome dele não era esse e sim Leandro, já havia um mandado de prisão expedido em seu desfavor, inclusive um deles de condenação pelo crime de roubo e daí então o trâmite normal. Ele foi transferido para o sistema penitenciário, a Casa de Custódia. Nesse intervalo a gente conseguiu interrogar ele e ele confessou o delito", ressaltou Lavor.
Vídeo
O DHPP divulgou imagens da câmera de segurança de um estabelecimento, que flagraram o suspeito abordando a vítima, que havia acabado de sair do carro.
Ficha criminal
Apesar de ter somente 21 anos, Leandro Rodrigues de Sousa apresenta uma vasta ficha criminal. O acusado chegou a matar um comerciante de 74 anos, no bairro Cidade Nova, zona sul da Capital, durante um assalto. “Quando menor ele tem sete entradas, sete procedimentos policiais, um deles o crime de latrocínio, onde ele tirou a vida de um cidadão de 74 anos de idade no bairro Cidade Nova, na zona sul da Capital. Ele cumpriu a medida socioeducativa desse crime e infelizmente retornou e agora, cinco anos depois tira a vida de mais um pai de família na nossa cidade”, informou o delegado Robert.
No ano de 2016, Leandro foi capturado pela PM. Na época, ele era foragido da Justiça. “Na verdade, quando ele cumpria pena na Major César, no regime semiaberto, ele retornou, ficou foragido do sistema e nesse período ele foi pego para cumprir a medida socioeducativa quando menor, ficou até janeiro desse ano e deve ter acontecido algum erro de comunicação para que fosse liberado. Eles não perceberam que o Leandro já tinha um mandado de prisão quando maior”, completou.
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