O soldado da Polícia Militar do Piauí, François Lopes Santos, se apresentou à Polícia Civil do Piauí nesta quarta-feira (07), e admitiu ter atirado, na última segunda-feira (05), contra Marcelo Ribeiro da Costa, que se encontrava detido no Grupamento da PM em Redenção de Gurguéia. O policial alega que o tiro foi acidental.
François Santos compareceu à delegacia regional de Bom Jesus acompanhado de advogados e prestou depoimento ao delegado Aldely Fontineli. Uma moça de nome não revelado também se apresentou, sob acusação de ter ajudado o PM a fugir após a morte de Marcelo.
Em entrevista ao GP1, o delegado foi questionado se o caso pode ser considerado como legítima defesa. “Não seria uma legítima defesa, mas um erro de procedimento muito grave, pois ele [o policial] tentou sozinho tirar de dentro da cela a pessoa e nesse momento ela partiu para cima dele e tentou pegar sua arma. Ele foi derrubado e no momento da queda houve o disparo acidental, essa é sua versão. Estamos fazendo uma análise minuciosa do que nos foi trazido para que não cometamos qualquer tipo de injustiça”, declarou.
Aldely Fontineli informou que François Santos possuía apenas nove meses de Polícia Militar, e que atuava na cidade apenas com mais outro soldado. “Esse é um grande problema, duas pessoas para tomar de conta de uma cidade de 9 mil habitantes [Redenção do Gurguéia]. Não há estrutura, não há condições, dois recém-formados e sem treinamento adequado para custodiar presos, é um absurdo, mas é o que mais acontece no nosso país”, avaliou.
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