Na manhã desta quarta-feira (16), a Polícia Federal deflagrou a “Operação Acesso Negado II”, que apura a tentativa de vazamento de informações acerca da Operação Delivery, e está cumprindo mandados contra o servidor comissionado do Tribunal de Justiça do Estado do Piauí (TJ-PI), Yuri Alisson Cavalcante Ribeiro. Ao todo estão sendo cumprindos três mandados de busca e apreensão nas cidades de Teresina e Matias Olímpio.
Segundo a Polícia Federal, a investigação teve início após suspeita de que advogados e investigados da Operação Delivery teriam tentado acessar indevidamente informações sigilosas relacionadas aos fatos investigados. As investigações apontaram que um servidor da Justiça Estadual do Piauí tentou acessar informações sigilosas acerca de mandados de busca e apreensão e prisão preventiva.
“No curso dos trabalhos foram identificados indícios razoáveis de que servidor da Justiça Estadual do Piauí teria realizado acesso indevido a sistemas da Justiça Estadual do Piauí no intuito de informar a advogados acerca de expedição de mandados de busca e apreensão e prisão preventiva decorrente de investigações policiais. Ainda, o inquérito policial aponta que o referido servidor recebeu vantagem indevida no intuito de satisfazer interesse do advogado investigado”, informou a PF.
Cerca de 10 policiais federais estão sendo mobilizados para o cumprimento dos três mandados de busca e apreensão, que foram expedidos pela Justiça Federal de Teresina/PI. O objetivo do cumprimento das medidas judiciais é colher elementos de prova que ratifiquem a tese de que advogados tiveram acesso.
Operação Acesso Negado
A Polícia Federal deflagrou no dia 18 de agosto a Operação “Acesso Negado”, que investiga atos ilegais de intervenção e embaraçamento a Operação Delivery que apura desvio de recursos públicos do Fundeb destinado ao município de União. O principal alvo da operação é o jornalista Tony Trindade.
Operação Delivery
A Operação Delivery, deflagrada no dia dia 12 de maio, cumpriu 5 mandados de prisão preventiva e 10 mandados de busca e apreensão, em decorrência de uma investigação que apurou desvio de recursos públicos da Educação, destinados ao município de União, administrado pelo prefeito Paulo Henrique. Ao todo, cinco pessoas foram presas, dentre elas empresários, agentes públicos municipais e um vereador, todos investigadas por crimes de corrupção, peculato e fraudes licitatórias.
De acordo com o inquérito policial, a Secretaria de Educação de União teria adquirido livros escolares em quantidade maior que o número de alunos do município, utilizando verbas do FUNDEB para a contratação de empresas fictícias de Fortaleza/CE, responsáveis pelo fornecimento fraudulento do material didático.
Análises da CGU apontam que os contratos superfaturados utilizados para obtenção do dinheiro apreendido geraram ao FUNDEB prejuízo mínimo de R$ 500.000,00 (quinhentos mil reais).
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