O secretário de Governo, Osmar Júnior (PCdoB), afirmou nessa segunda-feira (1), que o governador Wellington Dias (PT) já começou a conversar com os presidentes do PP, MDB e PT com o objetivo de discutir sobre a distribuição de cargos na sua administração.
Osmar Júnior explicou que ainda não existe uma definição de quantos cargos ou que pastas cada partido irá ocupar, mas que nesse último final de semana, o governador conversou com os líderes do PP, MDB e PT para ouvir os posicionamentos deles em relação a esse assunto.
- Foto: Lucas Dias/GP1Osmar Júnior
“Não está definido [os cargos], o governador abriu um diálogo, a definição é posterior. O governador começou a conversar, ouvir as opiniões. Conversou com o Progressistas, PT e MDB, nesse final de semana. Com o senador Ciro já tinha ocorrido uma conversa em Brasília’, explicou o secretário de Governo.
O secretário disse não acreditar na possibilidade de rompimento da base devido aos recentes atritos entre aliados em relação a essa distribuição de cargos. Ele acredita que assim como aconteceu anteriormente, os partidos vão conseguir entrar em um acordo.
“Eu diria que são diferenças que existem, é natural que elas existam, mas os pontos de convergência são maiores que de divergência. Eu até lembro que no processo da campanha, onde no passado, nessa época, diziam que seria impossível fazer essa grande coligação, porque as divergências entre partidos e lideranças, não permitiriam, mas o governador conseguiu coordenar e foi feita a coligação. Depois que foi feita essa coligação, disseram que ela não iria resistir a campanha, mas pelo contrário, terminou unida, elegeu o governador, dois senadores, 8 deputados federais e 24 estaduais. E agora o que se fala é que haja um rompimento na composição do governo”, explicou o secretário.
- Foto: Laura Moura/GP1Governador Wellington Dias
Atrito entre aliados
Recentemente o deputado Franzé Silva (PT) afirmou que a distribuição de cargos tem que ser proporcional à quantidade de votos conquistada por cada partido no pleito que reelegeu o governador Wellington Dias em 2018. Essa estratégia beneficia principalmente o Partido dos Trabalhadores. Para pôr mais lenha na fogueira, Franzé disse que a escolha de cargos não será feita na base de “quem grita mais”.
As declarações de Franzé desencadearam a imediata reação do MDB. O deputado João Mádison (MDB) disse que seria “melhor o PT ficar com tudo” já que, de acordo com o emedebista, o Partido dos Trabalhadores já possui mais de 80% dos cargos.
Outro problema é que o governador não está disposto a colocar alguns cargos estratégicos a disposição dos aliados, o que também não tem agradado. Cargos mais técnicos e de confiança, é da cota pessoal de Wellington Dias. Entre essas indicações estão a de Fábio Abreu, na Secretaria de Segurança Pública, e Osmar Júnior, na Secretaria de Governo, que já foram nomeados para os cargos. Rafael Fonteles é outro nome cotado para permanecer na Secretaria de Fazenda.
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