Imagem: Reprodução Senador eleito, Wellington Dias (PT)
Nos últimos dias, o governador Wilson Martins (PSB), vem realizando um choque de gestão no Estado com corte de gastos. A mais nova decisão do Governo nesse sentido foi o ofício Circular 21.000-623/2010/GAB/SEAD determinando que as unidades de gestão de pessoal dos órgãos estaduais comuniquem às empresas que fornecem bens e serviços terceirizados ao Governo do Piauí, que seus contratados serão “findados” em 31 de dezembro deste ano. O ofício que levou o nome do secretário Evaldo Cunha Ciríaco, não foi assinado por ele, mas por um subalterno que não é identificado no documento. Segundo um levantamento feito pelo GP1, a medida deve atingir mais de cinco mil terceirizados do Governo do Estado, que hoje prestam serviços em praticamente todas as secretarias e órgãos estaduais, sendo que aproximadamente 50% estão lotados nas secretarias estaduais de Saúde e Educação.Apesar da luta do Governador Wilson Martins em diminuir gastos, as medidas tomadas recentemente, parece que não sensibilizou a secretária estadual de Educação do Piauí, Maria Xavier; pois, ao invés de contribuir com a diminuição dos gastos da máquina pública, celebrou um contrato milionário no valor de R$ 3,4 milhões com o Instituto Civitas, ONG ligada aos petistas Antônio José Medeiros e Wellington Dias.
O GP1 divulgou detalhes do contrato no blog da Redação (aqui), no último dia 5 de novembro, revelando como o dinheiro seria gasto com “aulas de revisão e reforço escolar para alunos do 3º ano do ensino médio da Rede Pública Estadual de Ensino do Piauí, visando contribuir com o acesso dos mesmos a nível superior de ensino, dos conteúdos/conhecimentos das disciplinas de Português, Matemática, Geografia, História, Química, Física, Inglês, Espanhol e Biologia”.
Extrato do contrato publicado no Diário Oficial do Estado
Imagem: Reprodução / GP1Extrato de contrato entre o Governo do Estado e o Instituto Civitas publicado no Diário Oficial no dia 03 de novembro de 2010
Dever do Estado
O Governo deveria investir esses recursos no ensino fundamental e médio para proporcionar aos alunos uma educação de qualidade sem a necessidade de gastar mais dinheiro público com cursinhos preparatórios. Assim, poderia seguir o exemplo de algumas escolas particulares (como Dom Barreto, Diocesano, Dom Bosco e tantas outras) que investem de fato na educação básica e seus alunos têm ingressos garantidos nas Instituições de Ensino Superior.
O contrato foi assinado no dia 28 de outubro deste ano e o valor a ser pago ao Instituto Civitas foi dividido em apenas três parcelas.
Imagem: Manuela Coelho do GP1Ex-secrertário de Educação Antônio José Medeiros
Outro ladoO GP1 procurou ouvir a secretária de Educação do Estado, Maria Xavier, por reiteradas vezes, mas até o fechamento da reportagem, não logrou êxito.
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