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"O que eu tinha de cumprir, já cumpri", diz Delzuíte Macedo

A dentista entrou em contato com o GP1 nesta segunda-feira (20) em resposta à matéria intitulada "TJ-PI confirma pena de 2 anos de cadeia a dentista Delzuite Macedo", publicada em 17 de abril

A dentista Delzuite Macedo entrou em contato com o GP1 nesta segunda-feira (20) em resposta à matéria intitulada TJ-PI confirma pena de 2 anos de cadeia a dentista Delzuite Macedo, publicada no último dia 17 de abril. Delzuíte afirmou que não foi condenada à prisão e sim a trabalho comunitário.

"Não tem nada de condenação. O que fala em um papel é que vou prestar serviços odontológicos comunitários 4 horas por semana durante 2 anos e 4 meses, mais 20 mil reais. Foi essa a condenação. No dia que eu saí da [penitenciária] feminina, a condenação foi essa. 20 mil reais mais 2 anos e 4 meses eu sendo dentista de graça em um posto de saúde. Você acha que eu ligo passar dois anos fazendo o bem sem olhar a quem?”, afirmou.


  • Foto: Arquivo pessoal/Delzuite MacedoDelzuite macedoDelzuite Macedo

Delzuite disse que quando fez as publicações no Facebook que culminaram em sua prisão, estava "alcoolizada de Chandon” e entende que foi um erro. "Meus amores, o que eu tinha de cumprir, eu cumpri. Postei aquilo alcoolizada de Chandon. Se vocês querem saber da verdade, vocês precisam correr atrás do dono da verdade, que sou eu. Eu sou a dona da verdade dessa história. Recorremos para Brasília. Infelizmente todo mundo erra. Eu fiz uma besteira de ter postado alcoolizada em vez de ter procurado a Polícia Civil”, disparou.

"Mas como eu vou procurar a Polícia Civil em São Raimundo Nonato se a delegada não gosta de mim por vários outros motivos antes destes. Denunciei a delegada de São Raimundo Nonato porque ela não me escutavam como esposa, quando eu me separei”, denunciou a dentista, que acredita que a briga se deu por questões políticas. Delzuite frisou que é oposição à prefeita Carmelita Castro.

Boas ações

A dentista disse ainda que faz trabalhos sociais em São Paulo "Participo de grupos, dou comida para moradores de rua em São Paulo e eu já dava muito antes deus problema acontecer. O que eu faço de bem, ninguém anuncia, mas querer me detonar, todo mundo quer”, continuou.

Como tudo começou

Delzuite explicou que tudo começou após morar com uma conhecida em São Paulo, quando estava terminando o curso de Odontologia. A moça que Delzuite fala é a dentista Taiane Ribeiro Neves, que se sentiu ofendida com as publicações nas rede sociais.

"Morei com essa moça aqui em São Paulo quando eu fazia faculdade, transferi da Facid para São Paulo, por conta de não ter mais o fiador do Fies, que era meu pai. Vim morar com essa moça, eu não conhecia ela, conheci ela através de Facebook, ela estava vendendo umas roupas da mãe e por coincidência ficamos amigas. Ela é de Fartura do Piauí”, contou.

Segundo Delzuite, ela só passou 45 dias na casa de Taiane e a ex-amiga "acabou" com a vida dela. "Quando eu cheguei no apartamento dela, que o meu primo colocou meus materiais e minhas malas para eu concluir a minha faculdade aqui, só passei 45 dias na casa dessa moça, Taiane Ribeiro Neves, destruiu meu casamento. Eu estava 8 meses separada, meu ex-marido é cirurgião buco-maxilo facial, e é pai do meu filho. Ela printou conversas minhas, do meu celular que não tinha senha, era desbloqueado por conta do meu filho que era pequeno e usava, ela pegou conversas minhas com meu ex-noivo de Manaus. Deixei esse noivo para casar com o Fábio, em São Raimundo Nonato e ela simplesmente com o print acabou minha vida”, seguiu.

"Foi indo, toma lá da cá, ela falando as coisas para as pessoas, eu inocentemente postando as coisas no Facebook. No belo dia que aquela postagem apareceu no Facebook, eu estava comemorando o meu CRO do Piauí. Eu estava na minha casa, no meu lar e ela passou me dando o dedo, na minha porta, só ela e o esposo dentro de uma Hilux, zoando da minha cara, rindo da minha cara”, explicou Delzuíte.

Entenda o caso

Delzuíte Macêdo foi denunciada pelo Ministério Público Estadual por lesão corporal, ameaça, injúria preconceituosa e racismo qualificado. Em relação a lesão corporal, o caso ocorreu no dia 6 de abril de 2018, quando a dentista fez ameaças e ainda teria arremessado uma tesoura contra a ex-amiga Thaiane Ribeiro Neves, que não ficou ferida porque conseguiu fechar o vidro do carro em que estava. Ainda no mesmo dia, Delzuíte fez comentários racistas em sua rede social contra uma bebê, que na época possuía apenas um mês de idade, e é filha de Thaiane.

Na sentença, o juiz Carlos Alberto Bezerra Chagas determinou que o cumprimento da pena deve ser em regime aberto.

Ele ainda decidiu substituir a pena privativa de liberdade por duas restritivas de direitos, quais sejam, prestação pecuniária de 20 vinte salários-mínimos atuais, corrigidos monetariamente quando da execução, e prestação de serviços à comunidade pelo mesmo período da pena privativa de liberdade.

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