Nesta segunda-feira (15), o Ministério Público Eleitoral (MPE) pediu ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que a chapa Dilma-Temer, de 2014, seja cassada. Além disso, pediu a inelegibilidade de Dilma por oito anos.
A GloboNews teve acesso ao documento que reitera o pedido feito na primeira fase do julgamento no TSE, que começou no dia 4 de abril. A manifestação final do MPE é uma das peças que deverá ser levada para o julgamento do processo, porém não antecipa a posição do ministro relator, Herman Benjamin.
Também entregaram alegações finais PT, PMDB e PSDB, partes no processo.
O vice-procurador-geral eleitoral, Nicolao Dino, incluiu nessa nova manifestação, os depoimentos dos marqueteiros João Santana e Mônica Moura, que foram ouvidos no dia 24 de abril no processo.
No documento, o vice-procurador destaca que Santana e Monica afirmaram "textualmente" que a representada (Dilma) tinha consciência de que uma parte do pagamentos por seus serviços era oriunda de caixa 2, de responsabilidade da Odebrecht’’.
Um trecho do depoimento de João Santana foi incluído por Dino: “Ela sabia que os pagamentos estavam sendo feitos, uma parte do pagamento era feita lá fora. Isso aí, sabia’’.
- Foto: Instagram/Dilma Rousseff/Estadão ConteúdoDilma Rousseff e Michel Temer
De acordo com G1, o vice-procurador reproduziu um trecho do depoimento de Monica Moura, em que a marqueteira disse que “a presidente sabia, sabia, sem sombra de dúvida’’.
Para o Ministério Público, é "possível concluir que a representada tinha conhecimento da forma como a Odebrecht estava financiando sua campanha eleitoral, dos ilícitos praticados em benefício da sua candidatura, com eles anuindo. Tendo ciência dos acontecimentos, bastava à representada coibir ou censurar a prática de tais condutas. Omitiu-se, porém. Nada fazendo, chamou a si a responsabilidade direta pelos fatos’’.
Por isso, o MP pede a inelegibilidade de Dilma por oito anos.
Ver todos os comentários | 0 |