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Ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles é internado em Brasília

Ministro foi levado ao Hospital das Forças Armadas; ainda não há informações sobre seu estado de saúde.

O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, de 44 anos, está internado no Hospital das Forças Armadas (HFA) em Brasília. Segundo a unidade de saúde, o quadro dele é estável. A informação é de que o ministro passou mal nesta terça-feira, 27, no fim do dia e se internou para a realização de exames. Não há perspectiva de alta. Um novo boletim deverá ser divulgado às 16 horas desta quarta-feira, 28.

"No momento da admissão, encontrava-se assintomático", diz o boletim de médico. "Entretanto, a equipe assistente optou pela internação hospitalar para realização de exames de rotina. Evoluiu durante o período noturno sem intercorrências clínicas. Atualmente, segue com quadro clínico estável."


  • Foto: Bruno Rocha/FotoArena/Estadão ConteúdoRicardo SallesRicardo Salles

Salles era esperado na manhã desta quarta em evento da Marinha, onde será assinado um acordo de cooperação que trata sobre o lixo marinho.

Segundo uma fonte ouvida pelo Estado, o ministro chegou a ser levado à unidade de terapia intensiva (UTI), foi submetido a exames cardiológicos e já está sendo transferido para uma quarto para seguir em "observação".

Advogado e administrador, Salles é filiado ao Partido Novo. Antes de se tornar ministro do Meio Ambiente do presidente Jair Bolsonaro, ele foi secretário particular do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), de 2013 a 2014, e secretário do Meio Ambiente de São Paulo de 2016 a 2017.

Crise das queimadas na Amazônia

O ministro e o governo Bolsonaro enfrentam nas últimas semanas uma crise na área ambiental, com o aumento das queimadas na Amazônia e a pressão internacional pelo fim dos incêndios florestais. Entre 1.º de janeiro e 24 de agosto deste ano, o Brasil registrou o maior número de focos de incêndio dos últimos sete anos. Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais mostraram 79.513 focos, alta de 82% em relação ao mesmo período do ano passado. E a alta estaria relacionada ao aumento do desmatamento na região.

No cenário internacional, a maior cobrança em relação às queimadas partiu do presidente francês, Emmanuel Macron, que trocou acusações com Bolsonaro e levou a questão para a discussão na cúpula do G-7 (grupo de países ricos, formado por Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido).

Em meio à crise, Salles, classificou como "excelente" e "bem-vinda" a ajuda de cerca de R$ 83 milhões do G-7 para combater os incêndios na Amazônia, anunciada na segunda-feira, 26. Mas o governo federal recusou a ajuda no mesmo dia. Já na terça-feira, 27, o porta-voz da Presidência, general Otávio Rêgo Barros disse que o governo não descarta receber ajuda.

No entanto, sobre a proposta de apresentar um plano de reflorestamento para o Brasil e países vizinhos, com ajuda de organizações não governamentais (ONGs), Salles havia afirmado que a decisão de como aplicar o dinheiro ficará a critério do governo.

Em entrevista exclusiva ao Estado, Salles afirmou que "essa história de que a Amazônia pertence à humanidade é bobagem" e que "durante trinta anos o Brasil seguiu uma agenda ambiental que não soube conciliar o desenvolvimento econômico com a preservação".

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