Os médicos lotados nas unidades de saúde da Prefeitura de Teresina paralisaram suas atividades nesta quarta-feira (02). A decisão foi tomada na última terça-feira, dia 24 de abril, durante uma assembleia realizada pelo Sindicato dos Médicos do Estado do Piauí.
Em entrevista ao GP1, o diretor do SIMEPI, Valrian Campos, explicou que dentre as reivindicações feitas pela categoria estão a busca por melhores condições de trabalho e o reajuste salarial que não acontece há quase dois anos.
- Foto: Divulgação/SimepiMédicos decidem realizar paralisação de advertência
“O nosso objetivo é alertar sobre as péssimas condições de trabalho que nós somos submetidos. Tem locais que o médico atende mais 100 pacientes em um período de 12 horas. O profissional chega a atender mal por conta da grande demanda. Além disso, existem hospitais que estão em reformas e essas construções nunca terminam, como por exemplo o Hospital do Matadouro. Tem a questão salarial também, pois faz quase dois anos que não há um aumento salarial para a nossa categoria. A Prefeitura de Teresina não está respeitando o piso nacional dos médicos”, informou.
Os profissionais também estão protestando pelos assédios morais que sofrem durante o trabalho. “A jornada de trabalho é pesada, como citei anteriormente, e os médicos estão sofrendo assédio moral nos hospitais. Eles estão sendo agredidos tanto pela população quanto pela secretaria hospitalar, que estão submetendo os profissionais a trabalharem dentro da ilegalidade”, revelou.
O ato público desta quarta-feira (02) trata-se de uma paralisação de advertência. Os profissionais estão realizando fiscalizações nas unidades de saúde do município com o intuito de registrarem as irregularidades e encaminhar o relatório aos órgãos competentes. Na próxima sexta-feira (04), os sindicalistas irão realizar uma nova assembleia com o intuito de decidir se o movimento da categoria vai continuar.
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