A classe dos médicos do Piauí está temerosa após a decisão do juiz Deoclécio Sousa de mandar prender um médico no Hospital de Urgência de Teresina (HUT) e outro médico no Hospital Getúlio Vargas (HGV). Nos dois casos o motivo foi o descumprimento de decisão judicial que determinava a transferência de pacientes para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Os médicos não foram presos porque logo após a chegada do oficial de justiça, a situação foi resolvida.
A decisão do juiz foi após a família dos pacientes ingressarem na Justiça pedindo que os pacientes fossem encaminhados para a UTI. Segundo o presidente da Sociedade de Terapia Intensiva do Piauí (Sotipi), Kelson Veras, o médico não pode ser responsabilizado pela superlotação que vem acontecendo nas UTIs dos hospitais.
“O que aconteceu foi um equívoco enorme por parte do magistrado que fez a determinação. O médico é uma vítima desse sistema de saúde precário, onde o médico tem que trabalhar usando as pouquíssimas ferramentas que dispõe, além da limitação no número de leitos e ainda por cima é responsabilizado por isso, enquanto o gestores gozam da plena impunidade. Então é lamentável o acontecido e acredito que foi um grande equívoco do magistrado”, disse.
O médico disse ainda que a categoria está temerosa após a decisão do juiz. “Ficamos chocados [com a decisão], indignados, com receio de que aconteça o mesmo com os demais colegas e estamos inseguros de ir trabalhar e sair presos, ou até mesmo feridos por algum familiar que compreensivelmente está desesperado com a situação do seu parente grave”, disse.
Questionado se a categoria já procurou a prefeitura para tratar sobre o assunto, ele afirmou que o prefeito Firmino Filho não ouve a categoria. “O prefeito de Teresina nega a realidade e diz que isso não acontece”, lamentou o médico.
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A decisão do juiz foi após a família dos pacientes ingressarem na Justiça pedindo que os pacientes fossem encaminhados para a UTI. Segundo o presidente da Sociedade de Terapia Intensiva do Piauí (Sotipi), Kelson Veras, o médico não pode ser responsabilizado pela superlotação que vem acontecendo nas UTIs dos hospitais.
“O que aconteceu foi um equívoco enorme por parte do magistrado que fez a determinação. O médico é uma vítima desse sistema de saúde precário, onde o médico tem que trabalhar usando as pouquíssimas ferramentas que dispõe, além da limitação no número de leitos e ainda por cima é responsabilizado por isso, enquanto o gestores gozam da plena impunidade. Então é lamentável o acontecido e acredito que foi um grande equívoco do magistrado”, disse.
Imagem: Bárbara Rodrigues/GP1Kelson Veras
Kelson Veras trabalha na UTI do Hospital de Urgência de Teresina e afirma que aconteceram várias mortes em virtude da falta de vagas na Unidade de Terapia Intensiva. “Nossa preocupação é sobre as vagas da UTI que é o ponto principal do maior problema dentro do HUT. Tivemos cerca de 500 mortes nos últimos meses por falta de vaga na UTI e muitas dessas mortes são pessoas que agonizam sem atendimento médico. O que é inadmissível dentro de um hospital”, disse.O médico disse ainda que a categoria está temerosa após a decisão do juiz. “Ficamos chocados [com a decisão], indignados, com receio de que aconteça o mesmo com os demais colegas e estamos inseguros de ir trabalhar e sair presos, ou até mesmo feridos por algum familiar que compreensivelmente está desesperado com a situação do seu parente grave”, disse.
Questionado se a categoria já procurou a prefeitura para tratar sobre o assunto, ele afirmou que o prefeito Firmino Filho não ouve a categoria. “O prefeito de Teresina nega a realidade e diz que isso não acontece”, lamentou o médico.
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