O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse a senadores do PT nesta sexta-feira (26), que seu indiciamento pela Polícia Federal (PF), às vésperas do julgamento do impeachment de sua sucessora, Dilma Rousseff, tem objetivos exclusivamente políticos. Para Lula, trata-se de mais um “factoide”, na tentativa de impedir sua candidatura à eleição presidencial de 2018.
"Podem trazer os maiores investigadores do mundo aqui que não vão provar que esse apartamento é meu", afirmou o presidente Lula. O ex-presidente e sua mulher, Marisa foram indiciados pela Polícia Federal sob suspeita de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica no inquérito que investiga a propriedade no tríplex no Condomínio Solaris, no Guarujá.
- Foto: VejaLuiz Inácio Lula da Silva
Segundo o delegado Márcio Adriano Anselmo, Lula e Marisa receberam vantagens ilegais. "em valores que alcançaram R$ 2,4 milhões", referentes à reforma do apartamento no Guarujá e ao custeio de "armazenamento de bens do casal".
De acordo com informações do G1, Márcio Adriano afirmou ainda que que "foi possível apurar que o casal Luiz Inácio Lula da Silva e Marisa Letícia Lula da Silva foi beneficiário de vantagens ilícitas, por parte da OAS, em valores que alcançam R$ 2.430.193,61 referentes as obras de reforma no apartamento 164-A do Edifícios Solaris, bem como no custeio de armazenagem de bem do casal”.
Lula reafirmou a aliados que é inocente e não deve provar nada à Justiça. "Eu já cansei. Eu não tenho que provar que tenho apartamento. Quem tem que provar é a imprensa que acusa, o Ministério Público Federal, que diz que eu tenho, a Polícia Federal, que diz que eu tenho. Eles têm que apresentar documento de compra, contrato assinado, porque, se não tiver, em algum momento eles é que terão de me dar de presente uma chácara e um apartamento", afirmou. "Se o objetivo de tudo isso é me tirar de 2018, não precisa fazer isso. A gente pode escolher outros candidatos com mais qualidade. Agora, essa provocação me dá coceira (de ser candidato)”, concluiu.
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