O juiz de direto Jorge Cley Martins Vieira, da Central de Inquéritos da comarca de Teresina manteve, na manhã desta terça-feira (03) durante audiência de custódia, as prisões preventivas de todos os alvos da Operação Dictum, deflagrada pelo Grupo de Repressão ao Crime Organizado (Greco) nessa segunda-feira (02), em Teresina.
Em sua decisão, o magistrado determinou o encaminhamento de 9 policiais militares para o Presídio Militar, com sede no Comando Geral da Polícia Militar do Piauí, enquanto o único policial civil foi encaminhado para um distrito policial e os demais presos estão na Casa de Detenção de Altos.
De acordo com a Polícia Civil, os presos fazem parte de uma associação criminosa que tinha como objetivo realizar crimes como roubos de cargas, tráfico de entorpecentes e homicídios no estado do Piauí. Durante as investigações, o Greco conseguiu interceptar ligações telefônicas que mostram os envolvidos planejando os crimes a serem executados, inclusive com riqueza de detalhes das ações delituosas.
- Foto: Divulgação/SSP-PINomes dos envolvidos presos
Modus Operandi
De acordo com o secretário de Segurança, Fábio Abreu, os policiais roubavam cargas de contrabando e estouravam bocas de fumo para revender a droga. Abreu detalhou que os policiais agiam contra pessoas que não podiam registrar Boletim de Ocorrência.
“Eles roubavam cargas de contrabando, principalmente de cigarros e revendiam em outros pontos. Atacavam pontos de vendas de entorpecentes, vendiam para outras pessoas. Eles faziam esse tipo de coisa, atacavam aqueles que não podiam registrar nenhum Boletim de Ocorrência. Praticavam pistolagem, de alguma forma, por recursos, por dinheiro, mas também em troca de armas. Fizeram algumas ações voltadas na questão de homicídio. É uma vasta participação em crimes”, afirmou.
- Foto: Brunno Suênio/GP1Fábio Abreu
Líder da quadrilha
O líder da quadrilha, segundo o secretário Fábio Abreu, era o ex-policial militar W. Silva, envolvido no roubo do Banco do Nordeste em 2017. W. Silva já tinha sido expulso da corporação e estava morando no Rio de Janeiro. O ex-policial foi preso ao desembarcar da aeronave no Aeroporto de Teresina.
- Foto: Brunno Suênio/GP1Coronel Lindomar Castilho
O comandante da Polícia Militar, Lindomar Castilho, explicou a prisão de Wanderlei e que agora ele é um preso comum. “O Wanderlei Silva, foi preso como civil, inclusive estava no Rio de Janeiro e foi preso no desembarque dele em Teresina. No momento em que desembarcava da aeronave, mas foi preso como um preso comum”, afirmou.
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