O juiz de direito Luiz Moura, decretou na tarde desta quinta-feira (17) a prisão preventiva do motorista da Uber, Paulo Alves dos Santos Neto, acusado de matar a cabeleireira Aretha Dantas Claro. A informação foi confirmada ao GP1, pela delegada responsável pelo caso, Luana Alves. Ele vai responder por homicídio doloso com a qualificadora de Feminicídio. O ex-companheiro da jovem assumiu a autoria do crime, mas alegou que matou para se defender.
- Foto: Divulgação/WhatsappPaulo Alves após prestar depoimento no DHPP
De acordo com a delegada Luana Alves, que acompanha o caso, Paulo apresentou uma “versão mais romântica” ao tentar explicar as mais de 10 facadas desferidas em Aretha. “Ele alega que estava se defendendo, que também foi agredido por ela, mas uma defesa com mais de 10 facadas é complicado”, disse a delegada.
- Foto: Facebook/Aretha ClaroAretha Claro
Últimos passos
A delegada contou quais foram os últimos passos de Aretha até o brutal assassinato, segundo depoimento de Paulo Neto. “No dia do crime, numa segunda pra terça-feira, ela se encontrou com o ex-namorado, e eles foram pra alguns locais. Ele saiu de um restaurante na zona sul, foram para um motel na zona norte, de lá eles estavam voltando pra zona sul, onde tiveram uma discussão e ocorreu o crime dentro do carro”.
A carta
A polícia encontrou também na residência do ex-companheiro de Aretha uma carta onde ele expressa todo a raiva que sentia pela jovem. “Ele estava bastante chateado com ela, ele mostra uma sensação de inconformidade com algum comportamento dela que ele não precisou qual era, disse que estava se sentindo trouxa, em razão desse comportamento. Todo mundo já sabia e a família também nos informou que ela estava iniciando um novo relacionamento, era um relacionamento sério, era um relacionamento que queria manter a Aretha num padrão de vida, não digo padrão de vida econômico, mas eu digo a questão social, um padrão de vida social mais tranquilo, mais sereno e que a Aretha pudesse se desenvolver como pessoa, pudesse trabalhar, pudesse ter amigos, era uma pessoa que estava envolvida com a família, e que a Aretha não tinha com o Paulo. Então, na carta, que também foi apreendida, ele estava muito chateado com Aretha, falava palavras que a Aretha tinha feito ele de trouxa, que não sabe porque ela tinha feito isso com ele”.
“Ele acredita que outras pessoas interferiram para Aretha iniciar um relacionamento, mas era claro que todos não queriam que ela se relacionasse era com ele”, acrescentou a delegada.
Suicídio
Luana Alves, disse ainda, que Paulo Neto contou que estava muito transtornado após o crime e que por essa razão, pensou em tirar a própria vida. “Dentro da casa tinha uma corda, um banco, agora se utilizou ou se só colocou lá, a versão dele é que ele estrava transtornado, e realmente deveria estar. Na casa tinha muito sangue, ele está com uma lesão muito profunda, e também tem outras cenas de que ele ameaçou se jogar da ponte, agora o que estava no íntimo dele, se ele realmente com a intenção de se matar, isso aí só ele mesmo pra dizer”, frisou.
Atropelamento
Paulo Neto negou no depoimento que tenha atropelado a vítima. Ele disse que não lembra se Aretha “caiu” do carro porque ele abriu, ou se a porta já estava aberta. "Ele disse que não atropelou, mas isso a perícia que vai dizer, se o carro foi usado para atropelar essa moça", finalizou a delegada.
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