Jornalista Luís Antunes é preso acusado de matar travesti Makelly Castro

Na manhã desta sexta-feira (28), foi preso o professor universitário e jornalista Luís Augusto Antunes, 31 anos, acusado de matar a travesti Marciel Batista Ismael Sousa, conhecida como Makelly Castro, 24 anos. Ela foi assassinada por asfixia e encontrada no Distrito Industrial, na zona Sul de Teresina, no dia 18 de julho de 2014.

Imagem: ReproduçãoMakelly Castro

De acordo com o delegado Higgo Martins, da Delegacia de Homicídios, foi expedido um mandado de prisão preventiva contra Luís Antunes, através do juiz da Central de Inquéritos, Luiz Moura. “Nós o prendemos na residência dele, onde não apresentou resistência ao mandado. E agora ele vai prestar depoimento, e após isso nós vamos o encaminhar para uma unidade prisional”, disse ao GP1.

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Imagem: Bárbara Rodrigues/GP1Delegado Higgo Martins

Ainda de acordo o delegado, Luís Antunes também é acusado de agredir a transexual, Brenda Vitória, em julho de 2014, no centro de Teresina. Segundo ele, o caso possui as mesmas características do assassinato de Makelly. “Durante a investigação, os depoimentos foram semelhantes. As características do carro são iguais, e surgiu até a anotação da placa do veículo. Além disso, a própria ação do acusado, onde agrediu a Brenda com um golpe de jiu-jitsu e tentou asfixiá-la, foi muito parecida com a morte da Makelly”, afirmou.

Imagem: Divulgação/PM Luis Antunes

Higgo Martins informou que o acusado ainda irá passar por exames psicológicos para identificar uma possível psicopatia. “Ele frequenta movimentos LGBT, e de certa forma possui uma convivência com pessoas da sigla, e nós vamos analisar isso posteriormente”, finalizou.

Imagem: Reprodução/Facebook Luís Augusto Antunes

Entenda o caso

A travesti Makelly Castro foi encontrada morta na manhã do dia 18 de julho de 2014, no Distrito Industrial, zona sul de Teresina. Ela foi encontrada vestindo apenas uma calcinha e apresentando sinais de enforcamento.

Dias depois, a pedido da Promotoria da Cidadania e Direitos Humanos, a então Procuradora-Geral de Justiça, Zélia Saraiva Lima, designou o Promotor de Justiça Ubiraci de Sousa Rocha para acompanhar o caso.

À época, algumas testemunhas chegaram a ser ouvidas e aparelhos eletrônicos, como notebook e celulares, de Makelly foram apreendidos para serem periciados. O marido da vítima chegou a contratar o advogado criminalista Antonio Moraes.