O publicitário João Santana e sua mulher, Monica Moura, que tiveram prisão temporária decretada na 23ª fase da Operação Lava Jato, irão voltar para o Brasil nas próximas horas. A informação foi dada pelo advogado Fábio Toufic.
O casal mora atualmente na República Dominicana e presta serviços de marketing para o candidato à reeleição à presidência Danilo Medina.
João Santana atuou nas campanhas da presidente Dilma Rousseff e da reeleição de Luiz Inácio Lula da Silva, em 2006. De acordo com a Polícia Federal e o Ministério Público Federal, o marqueteiro recebeu US$ 7,5 milhões em contas no exterior.
A suspeita é de que o marqueteiro tenha sido pago com propina de contratos da Petrobras. O publicitário teria recebido US$ 3 milhões de offshores ligadas à Odebrecht, empresa também investigada na Lava Jato, entre 2012 e 2013, e US$ 4,5 milhões do engenheiro Zwi Skornicki, entre 2013 e 2014.
Apontado como operador do esquema, o representante oficial no Brasil do estaleiro Keppel Fels, Skornicki foi preso nesta fase da operação.
Veja a íntegra do documento protocolado pelo advogado:
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL SERGIO MORO, DA 13ª VARA FEDERAL DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DE CURITIBA (PR)
Procedimento n° 5002515-61.2016.4.04.7000
JOÃO CERQUEIRA DE SANTANA FILHO e MONICA REGINA CUNHA MOURA, já qualificados nos autos em epígrafe, vêm, por seus advogados, respeitosamente à presença de Vossa Excelência, expor e requerer quanto segue:
Os peticionários tomaram conhecimento, na manhã de hoje, pelos meios de comunicação, de que foram alvo de fase ostensiva da “Operação Lava Jato”.
Como, no entanto, já informado em petição previamente protocolada perante este d. Juízo, encontram-se fora do país, a trabalho. Todavia, já agendaram seu imediato retorno ao Brasil, movimento que deve ocorrer nas próximas horas.
Mesmo sem ter a informação oficial sobre a existência ou não de mandados de prisão, informam que, tão logo realizado o desembarque, apresentar-se-ão, imediatamente, às autoridades responsáveis pela investigação.
Por fim, esclarece que é mentirosa e leviana a alegação veiculada em alguns periódicos na manhã de hoje, de que teriam desistido de embarcar em vôo que chegaria hoje ao Brasil. O referido bilhete aéreo foi emitido pela agência de viagens há mais de uma semana por engano, tanto que cancelado no mesmo dia. Perversa, portanto, qualquer relação que se queira fazer entre esse fato e a operação deflagrada na data de hoje.
Termos em que, confiando que serão tomadas todas as medidas para que sua chegada ao país não se transforme em um odioso espetáculo público,
Pedem deferimento.
São Paulo, 22 de fevereiro de 2016.
Fábio Tofic Simantob
Débora Gonçalves Perez
O casal mora atualmente na República Dominicana e presta serviços de marketing para o candidato à reeleição à presidência Danilo Medina.
Imagem: Felipe Cotrim/VEJA.com João Santana, investigado na Lava Jato
As informações foram protocoladas nesta segunda-feira (22) na 13ª Vara Federal da Seção Judiciária de Curitiba, aos cuidados do juiz federal Sérgio Moro, responsável pela operação.João Santana atuou nas campanhas da presidente Dilma Rousseff e da reeleição de Luiz Inácio Lula da Silva, em 2006. De acordo com a Polícia Federal e o Ministério Público Federal, o marqueteiro recebeu US$ 7,5 milhões em contas no exterior.
A suspeita é de que o marqueteiro tenha sido pago com propina de contratos da Petrobras. O publicitário teria recebido US$ 3 milhões de offshores ligadas à Odebrecht, empresa também investigada na Lava Jato, entre 2012 e 2013, e US$ 4,5 milhões do engenheiro Zwi Skornicki, entre 2013 e 2014.
Apontado como operador do esquema, o representante oficial no Brasil do estaleiro Keppel Fels, Skornicki foi preso nesta fase da operação.
Veja a íntegra do documento protocolado pelo advogado:
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL SERGIO MORO, DA 13ª VARA FEDERAL DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DE CURITIBA (PR)
Procedimento n° 5002515-61.2016.4.04.7000
JOÃO CERQUEIRA DE SANTANA FILHO e MONICA REGINA CUNHA MOURA, já qualificados nos autos em epígrafe, vêm, por seus advogados, respeitosamente à presença de Vossa Excelência, expor e requerer quanto segue:
Os peticionários tomaram conhecimento, na manhã de hoje, pelos meios de comunicação, de que foram alvo de fase ostensiva da “Operação Lava Jato”.
Como, no entanto, já informado em petição previamente protocolada perante este d. Juízo, encontram-se fora do país, a trabalho. Todavia, já agendaram seu imediato retorno ao Brasil, movimento que deve ocorrer nas próximas horas.
Mesmo sem ter a informação oficial sobre a existência ou não de mandados de prisão, informam que, tão logo realizado o desembarque, apresentar-se-ão, imediatamente, às autoridades responsáveis pela investigação.
Por fim, esclarece que é mentirosa e leviana a alegação veiculada em alguns periódicos na manhã de hoje, de que teriam desistido de embarcar em vôo que chegaria hoje ao Brasil. O referido bilhete aéreo foi emitido pela agência de viagens há mais de uma semana por engano, tanto que cancelado no mesmo dia. Perversa, portanto, qualquer relação que se queira fazer entre esse fato e a operação deflagrada na data de hoje.
Termos em que, confiando que serão tomadas todas as medidas para que sua chegada ao país não se transforme em um odioso espetáculo público,
Pedem deferimento.
São Paulo, 22 de fevereiro de 2016.
Fábio Tofic Simantob
Débora Gonçalves Perez
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