Bárbara Rodrigues
Germana Chaves
O pré-candidato à presidência da República, o ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles (MDB), chegou nesta quinta-feira (28) em Teresina para uma rápida visita, onde conversa com os dirigentes e deputados da sigla, assim como se encontra com empresários. Ele tem visitado alguns estados com o objetivo de viabilizar a sua candidatura, já que seu nome só será oficializado se for aprovado pelos membros da legenda, em convenção que será realizada no final do mês de julho.
Ele se reuniu com deputados na sede do partido em Teresina. Participaram do encontro o ex-ministro João Henrique de Almeida Sousa, Themístocles Filho, Marcelo Castro, Liziê Coelho, Ismar Marques, entre outras autoridades.
Em entrevista coletiva para a imprensa ele disse estar confiante que a sua candidatura será aprovada pelos membros do partido e também destacou várias vezes o fato de ter trabalhado na gestão do ex-presidente Lula. O ex-ministro ainda disse que não via problema na aliança entre o PT e o MDB no Piauí, com a possibilidade de Themístocles Filho ser o vice da chapa comandada por Wellington Dias (PT).
“O MDB é um partido nacional, que tem presença no Brasil inteiro e em cada lugar tem as suas lideranças, suas características regionais e isso é a riqueza do partido. É exatamente porque não é um partido radical, que tem alianças regionais importantes. Aqui no Piauí tem a sua política e a sua aliança e isso é a força e riqueza do MDB”, afirmou.
Apoio dos emedebistas
Henrique Meirelles disse que está confiante que irá conseguir apoio dos membros do partido, para que na convenção, seja então aprovada a candidatura própria. O piauiense João Henrique de Almeida Sousa é o coordenador da campanha.
“O MDB está cada vez mais engajado na campanha, é uma oportunidade histórica para o partido ir para a presidência da república de forma direta. O MDB está muito bem posicionado para isso, pois tem uma história para contar. O país estava em recessão, em crise. O governo anterior jogou o Brasil na maior crise da história. Agora este governo conseguiu reverter. É um governo do MDB. O partido está cada vez mais abraçando uma candidatura própria, pois é um projeto vencedor, que tem todas as condições de vencer a eleição e de trazer desenvolvimento”, destacou.
Propostas para o Piauí
“Na nossa visita ao Piauí estamos de fato trazendo aqui uma mensagem de compromisso. Temos alguns projetos importantes de desenvolvimento do estado e que serão prioridades do nosso governo. Eleito presidente, estaremos antes de mais nada, dando prosseguimento a Transnordestina que é importante para o Piauí e para o desenvolvimento de todo o nordeste. Eu acredito que fazer o ramal de Teresina para a Transnordestina é fundamental. Além do mais, existe um projeto que é o Porto de Luís Correia que está cedido ao governo do estado e não está funcionando e temos que fazer um estudo de viabilidade”, disse.
Ele ainda destacou que vai trabalhar para garantir mais geração de emprego. “Temos trabalhos importantes na área de energia eólica e solar. Existe uma abundância de energia disponível na região e precisa ser aproveitada mais, já que existem alguns projetos. Assim como uma privatização da Eletrobras Piauí, pois a disponibilidade de energia não está como deveria ser, o custo e a qualidade principalmente. Então é absolutamente fundamental fornecer energia de qualidade e baixo custo, para poder garantir mais empregos e mais indústrias. Assim como a construção civil, que é responsável por 60% da indústria aqui no estado para voltar a ser incentivada. Em resumo queremos trabalhar e criar um grande surto de desenvolvimento no Piauí”, pontuou.
Trabalho na melhoria da economia
Na coletiva o pré-candidato destacou diversas vezes o fato de ter sido presidente do Banco Central no governo de Lula e ter sido ministro da Fazenda, na gestão de Temer. Ele acredita que a economia melhorou devido ao seu trabalho.
“Eu trabalhei durante 8 anos no governo de Lula e conseguimos uma trajetória de crescimento. Como ministro da Fazenda no governo Temer o Brasil voltou a crescer. Agora foi um espaço de tempo curto e não foi o suficiente para a população sentir, não houve tempo para compensar todo o desemprego criado pela administração anterior, mas tenho absoluta certeza que mostramos isso[trabalho] no governo. Quando estava com o Lula crescemos e quando retornamos com o Temer, o Brasil cresceu de novo”, afirmou.
Ele revelou que não trabalhou com Dilma Rousseff, porque “ela não queria ajuda, por ter tido decisões equivocadas, eu avisei isso a ela, mas infelizmente acabou acontecendo tudo isso”.
Os adversários
“Os principais adversários hoje estão nos extremos. Alguns estão na esquerda, querendo voltar atrás com aquelas políticas que deram errado, que gerou desemprego e recessão, já no outro lado está a extrema direita propondo a divisão dos brasileiros, propondo confronto e conflitos. Temos é que unir o Brasil”, criticou.
Apoios e boa receptividade
O coordenador geral da campanha presidencial do MDB, João Henrique Sousa disse que Meirelles está convicto de que contará com o apoio dos delegados do partido no Piauí para oficializá-lo como candidato a presidente da República nas convenções.
“Não houve aqui objeção, todos os nossos eleitores, digamos assim, estavam presentes ao evento. Nós temos convicção de que todos os votos do Piauí serão favoráveis a nosso presidenciável”, disse o piauiense João Henrique, que também preside o Conselho Nacional do Sesi que ainda destacou a calorosa receptividade à Meirelles no Piauí.
“Foi uma visita positiva e a receptividade foi enorme do nosso partido”, disse o coordenador geral da pré-campanha emedebista.
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